segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Qual o retrato do artista?


Lúcia Azevêdo *


Espaço Moebius


RESUMO


São apresentadas considerações a respeito de "Retrato do artista quando jovem", de James Joyce, que foi objeto de vários comentários de Lacan. A autora destaca as características básicas do estilo da obra e aponta passagens que podem ser lidas como mostrações de conceitos teóricos da psicanálise, como por exemplo: a voz como objeto a, a dimensão de materialidade da palavra, a noção topológica de estrutura. E propõe que se possa ler aí a "inscrição do nome do pai", a partir da figura simbólica da mãe.


Palavras-chave: James Joyce - "Retrato do artista quando jovem", "Lacan e a obra de James Joyce"



Quero começar chamando atenção para a interrogação marcada no título deste trabalho, pois é de interrogação mesmo que se trata.


E, embora posta no final da frase, como bem ordena a gramática portuguesa, ela nada finaliza; ao contrário, inicia uma série de reflexões, de inquietações, de caminhos a buscar, num verdadeiro labirinto de idéias, onde a cada momento me vejo parar, para retornar a buscar... E onde me vejo, cada vez mais, emaranhada.


Estou falando da obra de James Joyce: "RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM"1 . Não é casual a imagem de labirinto aí posta. Pois que Stephen Dedalus, personagem central do romance, não deixa de ser o próprio fazedor de labirintos.


Quem é Dedalus, senão o artífice magistral da Antigüidade, a quem todos recorriam por sua genial habilidade de artesão, e até o Rei Minos, para quem ele construiu o labirinto, aquele de Teseu e Ariadne, nos idos e vindos da mitologia grega?2


E "UM RETRATO..."3 é um vivo labirinto de contradições e paradoxos, onde as idéias nunca se fazem em linearidade e sim num vaivém perene de desvios e retornos.


Falando da obra de James Joyce também não é casual a colocação de um ponto de interrogação. Ele próprio se definia como um ponto de interrogação, como um enigma4 . E Lacan trabalha um conceito de que Stephen Dedalus é Joyce decifrando seu próprio enigma5.


Talvez isso se aplique a todo aquele que, arriscando riscar sua escrita, se faz riscar pela letra e se faz risco, letra, resto de sua própria escrita. Não somente em textos autobiográficos, como talvez "UM RETRATO..." mas a rigor em todo risco arriscado na ordem da arte literária6 7 .


E Stephen Dedalus, qual Dédalo sonhador, correu o risco de voar, livre, rumo à liberdade de sua arte. Enquanto retrato, desperta-me a idéia de algo que se vincula do olhar; algo para ser apreendido pela visão, na dimensão do olhar; enquanto retrato, dá-se a ver, ele se faz olhar, ele se faz objeto. Não me parece que a dimensão imaginária de algum retrato domine o curso da obra.


O que a obra apresenta é mesmo uma abordagem que privilegia o simbólico, com irrupções constantes do olhar, real, pois, que posso ler na dimensão do objeto a da psicanálise. As descrições ligadas ao visual são carregadas de gozo: existe sempre um olhar para dentro de, para um ângulo escondido numa certa penumbra, para os detalhes da intimidade de alguém, algo como um "voyeur" a perambular pelo texto.


A questão da visão e do olhar tem seu caráter especial. Logo às primeiras páginas do romance irrompe uma das mais comentadas epifanias de Joyce:


"Arrancar seus olhos,


Pedir perdão.


Pedir perdão,


Arrancar seus olhos"8 9


São ameaças dirigidas pela mãe e pela tia ao pequenino Stephen, porque ele disse que, ao crescer, iria casar-se com Eileen10 .


Correspondem a uma passagem bíblica. Provérbio XXX, 1711: "o que escarnece de seu pai / e conculca o respeito à sua mãe / arranquem-no os corvos que andam à beira das torrentes / e comam-no os filhos da águia".


Palavra de mãe tem peso, mais ainda a palavra da Bíblia. E o Stephen adolescente irá mesmo escarnecer o pai e desprezar a mãe. E um dia adolescente, é verdade que num outro contexto, Joyce lhe fará esta pérola de construção:


"A frase pesada e maciça mergulhou vagarosa nos ouvidos como uma pedra... Stephen viu mergulhar, como já vira muitas outras, sentindo seu peso deprimir seu coração"12.


E se as águias não lhe arrancaram os olhos, o glaucoma lhe arrancará a visão.


Mas a dimensão da voz, a voz que retumba e ecoa, a voz que amedronta e apavora é dominante no texto. O cap. III me parece a construção própria a um Super-Eu feroz, que vocifera em toda a ferocidade pleonástica da expressão, o tempo todo, na voz do padre que prega Retiro de S. Francisco Xavier:


"O inferno é uma estreita, negra e solitária prisão fétida, uma habitação de demônios e de almas perdidas, cheia de fogo e fumaça...13 a alma perdida se transforma num inferno dentro de si mesma... os cérebros ficam fervendo nos crânios14... os demônios riem das almas perdidas que arrastam para si a ruína... É com eles que são feitas, no inferno, as vozes da consciência"15.


"UM RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM" é o retrato retratado nos mais curiosos e íntimos momentos da vida de um ser, buscando retratar-se com a mais rigorosa precisão, numa tentativa louca, obsessiva, de James Joyce, de que a literatura desse conta de tudo na vida16 , de que a palavra fosse até o âmago da significação, parece que em busca mesmo da "das Ding" freudiana, de sua essência, do real lacaniano. Neste percurso infindável, parece querer levar o significante até seu limite infinito, cristalizá-lo, pois, no encontro de sua essência, da própria "coisidade" da coisa; perseguindo, pois, o real, buscando uma dimensão de materialidade que, por natureza mesmo, esta falta na linguagem.


É a purificação técnica do estilo de "Stephen Hero", romance também provavelmente autobiográfico e considerado seu precursor. De "Stephen Hero" a "Um retrato..." se passaram 10 anos, durante os quais Joyce foi, pouco a pouco, decantando o seu estilo literário17 que escandalizou a sociedade irlandesa e a elite cultural da época.


Consta que James Joyce conheceu a obra de Freud e teria lido a "Psicopatologia da vida cotidiana" e a "Interpretação dos Sonhos"18. Realmente, o estilo de sua narrativa impressiona pela semelhança com a associação livre freudiana19 20.


As idéias são expostas, parece, sem uma preocupação com a seqüência temporal convencional, os espaços se superpõem, o relato de fatos do cotidiano se interpõe às descrições de devaneios, rememorações misturam-se às cenas do presente; a busca de uma descrição completa e absoluta faz o texto muitas vezes pesado, cansativo e de difícil leitura; mas paradoxalmente o reveste de uma beleza comovente e fascinante. Nesta dimensão, ele rompe, mesmo, com o rigorismo técnico da escrita convencional de sua época.


Os eventos são descritos com tantos pormenores que às vezes parece-me visualizá-los; e ele o faz com enorme maestria, como se buscasse condensar, num "fiat" de tempo, tudo o que - raciocínio por absurdo - seria possível numa impossível dimensão sincrônica da linguagem.


Piglia21 propõe a hipótese de que James Joyce tivesse apreendido, da leitura de Freud, uma técnica de escrita nos moldes da associação livre; isso Joyce jamais declarou e é assunto controverso. O que Stephen Dedalus declara, como ideal seu de técnica literária, são conceitos de Tomaz de Aquino, referentes à apreensão do belo22.


"Três coisas são necessárias para a beleza: inteireza, harmonia e radiação".


"Uma imagem estética se nos apresenta seja no espaço ou no tempo. Tu a apreendes como uma coisa... apreendes o seu todo. Eis o que é integritas" "... tu a apreendes como complexa, múltipla, divisível... inteirada pelas suas partes, o resultado de suas partes e a sua soma harmoniosa. Eis o que é consonantia..." "claritas" (radiação) é "...a descoberta e a representação artística da intenção divina em alguma coisa..." ou "a força... que faria irradiar as suas próprias condições" ... "é a coisa que de fato é e não uma outra coisa"... É "a radiação... quidditis, o quê de uma coisa"23 .


Acredito que se pode apreender este arcabouço estético na obra de James Joyce. No particular o conto ARGILA, integrante de "DUBLINENSES"24, me parece precioso exemplo.


E é assim que se propõe a elaborar suas epifanias. Mas o peculiar é que esta quidditis não é clara ao leitor; seria a ele, a Joyce. Muito se tem escrito a propósito destas, buscando-se configurar qual a manifestação divina, essencial, que revelam.


Não se pode, pois, falar de James Joyce sem falar de suas epifanias; tatear-lhe o retrato passa necessariamente pelo arcabouço destas epifanias.25 26 27


A noção de epifania Joyce a absorveu de W. Pater28 e a incorporou às categorias de apreensão do belo, de Tomaz de Aquino, acima referidas; a propósito, pontua Stephen: "uma vez alcançada a quidditis, o objeto realiza sua epifania".


Epifania significa "aparição" mas não podemos dissociá-la de sua conotação religiosa, ligada à história do cristianismo. Epifania é a revelação, aos reis magos, do menino Jesus. Aos judeus, que buscavam a grandiosidade de um rei, é revelada esta essência, esta verdade divina, na pequenez de um bebê comum, nascido nos recônditos de uma humilde manjedoura.


E Joyce procurava buscar, com estas epifanias, a essência mesma dos fatos, das emoções, dos enigmas do ser, exatamente no simplório dos pequenos acontecimentos do cotidiano.


Trago aqui um fragmento que demonstra esta intenção inerente às epifanias:


"O artista, como Deus da Criação, permanece dentro, junto, atrás ou acima de sua obra, invisível, clarificado fora da existência, indiferente, raspando as unhas de seus dedos"29.


Observe-se que a idéia parece ir seguindo num crescendo, no contexto imaginário de um artista plenamente divino, presente em tudo, "ex-sistindo" à obra e abruptamente o sentido se quebra e, como num chiste, despenca no ridículo, no cômico, no inesperado "raspando as unhas de seus dedos".


Esta característica de estranheza, de non sense, muito própria ao texto joyceano, é lida por Lacan como um engate do Real ao Simbólico, sendo a quebra de sentido evidência de expulsão do Imaginário; esta marca estrutural manifesta-se mui claramente nos finais abruptos dos contos de "Dublinenses"30 e é magistralmente trabalhada por Harari em seu livro "Como se chama James Joyce?"31.


"UM RETRATO..." pode ser lido como um retrato do ser humano, do menino, do púbere, do adolescente, e de todos nós; um retrato onde desfilam angústias, dúvidas, anseios e promessas; medo, transgressões e castigos de um menino de feitio introspectivo, tímido e orgulhoso, profundamente inquieto e marcado pelo desejo grandioso de tudo mudar. Irrequieto e irônico, precocemente cansado da vida de paralisia - assim ele o dizia - da vida paralisada de Dublin, sua terra natal, e da Irlanda. "Aquela terra onde nada acontecia" "A Irlanda é uma porca velha que come sua ninhada" "Quando a alma de um homem nasce neste país há redes atiradas sobre ela, para a arrastarem da luz"32.


Sonhando com uma Irlanda independente e até mesmo com uma língua própria, a língua dos ancestrais celtas33 . Mas marcado, sobretudo, pela rigidez e ortodoxia com que via a religião católica de sua mãe e dos colégios jesuítas onde viveu quase toda a infância e adolescência. Marca que se expressa em sua relutância, seus queixumes, sua ironia ácida para com dogmas e preceitos da fé cristã e na guerra cruel e constante que trata contra sua própria formação.


É a poesia do despertar sexual, de suas apaixonamentos e incertezas, o erótico do desejo que corrói a carne e a alma e põe em cheque, o tempo todo, as normas e proibições vigentes na igreja e na cultura, instigando-o sempre a ultrapassar o umbral das virtudes teologais e a lançar-se nas penumbras do pecado.


O artista se constitui em sua obra34. Efetivamente, este artista se constituiu nesta obra. Em primeiro lugar, pelo seu percurso histórico, desde o Stephen Hero, acima citado, até a forma final de "UM RETRATO...".


Depois, o contexto do romance aborda mesmo os caminhos e descaminhos por onde desliza, de sofrimento em sofrimento, de pecado em pecado, transgressões e culpas o pequeno Stephen, até fazer-se artista.


E mais ainda, "UM RETRATO" consagrou James Joyce como artista, artista da escrita, no âmbito do reconhecimento público. Este livro não só o consagrou artista, como lhe consagrou o reconhecimento do público, deste grande Outro, a quem, ao menos aparentemente, toda obra se dirige; e isso efetivamente ocorria a Joyce. Ele queria e lutava exaustivamente pela publicação de suas obras.


No âmago de suas inquietações, num afã de encontrar-se a si mesmo, Stephen Dedalus vaga, desde a pressão para uma vocação religiosa, até a incerteza de seu desejo, seu desejo de dar voz às suas paixões, aos seus anseios por uma vida mundana, por uma vida secular, livre para o sexo, para as suas próprias opções e, sobretudo, para a arte.


Alça vôo, então, qual "homem falconiforme"35, rumo ao mundo, ao não sabe quê, guiado por algo que nele bradava, e que ele desconhecia, rumo ao artista.


"... Ainda não descobrira o fim para qual tinha nascido". "Ele estava era destinado a apreender a sua própria sabedoria, separado dos outros, ou a apreender a sabedoria dos outros, vagando ele, por entre as armadilhas do mundo". "As armadilhas do mundo eram os seus caminhos de pecado"36.


E Stephen? A qual irônica inquietação responde essa escolha de Joyce por este nome? Nome que, aliás, durante algum tempo ele usou como pseudônimo37.


Stephen, Estevão em português, pode ter a ver com a história dos primórdios do cristianismo? Consta do Ato dos Apóstolos38 :


Estevão pregava o cristianismo nascente; era homem da palavra. Denunciado de haver dito coisas que não dissera, foi perseguido, apedrejado e morto. Mártir, pois, da igreja, em seus primórdios.


Estevão, então, numa leitura - estilo joyceano - numa virada ao avesso, seria Stephen Dedalus enquanto também mártir, porém vítima da própria igreja? Mártir de sua própria causa? É uma leitura que eu faço.


Acho que esta leitura me salta os olhos em todo o romance. É o menino mártir vivendo num inferno. Inferno na voz do pregador do retiro, mas, sobretudo, no seu inferno pessoal que aí se debate, num texto de pungente e dolorosa paixão.


Mas as questões do jovem Stephen Dedalus com a Igreja não são apenas expressão seus afetos e desejos. Seu espírito crítico, acurado e sarcástico aponta para temas que traduzem questionamentos portadores mesmo de conotações teológico-filosóficas, crivadas de sua cáustica ironia.


Engendrando-se artista, mártir da igreja, sofrendo no caminho de aflições e aspirações, "exausto dos caminhos ardentes"39, Stephen Dedalus decide rejeitar a vida religiosa e alçar vôo, livre, rumo ao mundo, a perseguir seu destino.


"Sim, sua mãe era contra aquela idéia, conforme lera no seu indisposto silencio; todavia, a desconfiança dela amolava-o mais que o orgulho paterno; e pensava friamente como observava a fé ir agonizando em sua alma de filho envelhecido e ir-se fortalecendo aos olhos maternos dela"40 .


Um artista, engendrado aí no labirinto de sua própria criação. Sujeito de seu destino, só, em busca não sabe de que, livre para arriscar, arriscar-se a despencar, qual Ícaro, invocado indiretamente na epígrafe de Ovídio: "Et ignotas animum dimittit in artes"41 cujo sentido é o de que Dédalo cometeu uma violência contra a natureza e a queda de Ícaro é inevitável42 .


"Ele estava longe de tudo e de todos, sozinho. Ele estava desligado de tudo, feliz, rente ao coração selvagem da vida. Estava sozinho e era jovem, cheio de vontade e tinha um coração selvagem..."43 .


"UM RETRATO..." é, pois, a elaboração da recusa pela pátria, pela fé, pela educação religiosa; é a busca de uma passagem, de um outro espaço, o espaço do vôo livre; a construção de algo que sustente a própria existência.


"UM RETRATO..." convoca-nos a pensar na concepção lacaniana da inscrição do nome-do-pai; inscrição esta enquanto instância simbólica, vinculada à linguagem e não necessariamente à figura do pai da realidade, ou do pai apresentado no texto do romance ou da vida.


"UM RETRATO..." é história de uma ruptura, que aí se faz, a meu ver, através da figura da mãe, mãe aí como instância simbólica, representante da fé; a mãe que o convoca para a eucaristia por ocasião da páscoa; apelo simbólico, convocação fálica, a que ele, irônica e decididamente, diz não; e pelo que irá purgar a dor da culpa em repetidas passagens de "Ulisses"44.


E ao não, segue-se o canto de liberdade:


"Sê bem vinda, ó vida! Eu vou ao encontro pela milionésima vez, da realidade da experiência, a fim de moldar, na forja da minha alma, a consciência ainda não criada da minha raça". "Velho pai, velho artífice, valei-me, agora e sempre"45.




BIBLIOGRAFIA


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* Psicanalista. membro do Espaço Moebius, Salvador, Bahia. 

1 Joyce, J. "Retrato do artista quando jovem", tradução José Geraldo Vieira, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira: 2001. 
2 Harari, R. "Como se chama James Joyce?", Rio de Janeiro, Companhia de Freud: 2003, p 61-63. 
3 Embora a tradução brasileira omita o artigo "um" no título, usarei sempre a expressão "Um artista", mais fiel ao título original em inglês. "A portrait of the artist as a young man". 
4 Laia, S. "Os escritos fora de si: Joyce, Lacan e a loucura", Belo Horizonte, Autêntica: 2001. 
5 Lacan, J. "O sinthome", seminário XXIII, tradução traço Freudiano, Veredas Lacanianas", Lição 9/12/1975, Recife: 1997. 
6 Costa, A. M. M. "A ficção do si mesmo". In: "Psicanálise e literatura", Porto Alegre, Revista Associação Psicanalítica de Porto Alegre: 1998. 
7 Vidal, E. "Stephen e a escritura". In: "A jornada de Ulisses", Rio de Janeiro, Escola Letra Freudiana: 2001. 
8 Joyce, J., idem, p. 10. 
9 Joyce, J., idem, 113. 
10 Joyce, J., idem, p. 10. 
11 Provérbios, XXX, 17. Bíblia Sagrada. Ed. Paulinas, São Paulo: 1980. 
12 Joyce, J. Idem, p. 219. 
13 Joyce, J. idem, p. 134. 
14 Joyce, J. idem, p. 135. 
15 Joyce, J. idem, p. 138. 
16 Cixous, H. "Evolução da noção de epifania". In: "Retratura de Joyce". Idem, p. 130. 
17 Burgess, A. "Homem comum enfim - uma introdução a James Joyce para o leitor comum" São paulo, Companhia das Letras: 1994. 
18 Laia, idem, p. 17-70. 
19 Harari, idem, p. 54-83. 
20 Laia, idem, p. 17-70. 
21 Piglia, R. "Os sujeitos trágicos (literatura e psicanálise). Formas breves", São Paulo, Companhia das Letras: 2004, p. 51-59. 
22 Harari, R. Idem, p. 66. 
23 Joyce, J. Idem, p. 238-240. 
24Joyce, J. "Dublinenses", Ediouro, Rio de Janeiro: 1992, p. 87-92. 
25 Chayes, I. H. "As epifanias de Joyce", In: "Retratura de Joyce", idem, p. 120-128. 
26 Cixous, H. "Evolução da noção de epifania". In: "Retratura de Joyce". Idem, p. 129-132. 
27 Azevedo, L. "James Joyce e suas epifanias". In: "Cogito", Revista do Círculo Psicanalítico da Bahia, Salvador, 2004, p. 147-149. 
28 Harari, R. "Como se chama James Joyce?", idem, p. 84. 
29 Joyce, J. "Retrato do artista quando jovem", Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2001, p. 242. 
30 Joyce, J. "Dublinenses", idem. 
31 Harari, R. "Como se chama James Joyce?", idem. 
32 Joyce, J. "Retrato do artista quando jovem", idem, p. 229. 
33 Laia, S. Idem. 
34 Vidal, A. E. "Retratura de Joyce: escritura e sintoma". In: "Retratura de Joyce", idem, p. 193. 
35 Joyce, J. Idem, p. 243. 
36 Joyce, J. Idem, p. 184. 
37 Laia, S. Idem. 
38 "Atos dos Apóstolos", II (6), 8-15. A Bíblia de Jerusalém, Novo Testamento. Ed. Paulinas, São Paulo: 1973. 
39 Joyce, J. Idem, p. 250. 
40 Joyce, J. Idem, p. 184. 
41 Joyce, J. Idem, p. 07. 
42 Kenner, H. "O retrato em perspectiva". In: "Retratura de Joyce", idem, p. 100. 
43 Joyce, J. Idem, p. 42. 
44 Joyce, J. "Ulisses", Civilização Brasileira, Rio de Janeiro: 1998. 
45 Joyce, J. "Retrato do artista quando jovem", idem, p. 287.

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