DUBITO...
Dubito: embora em certas circunstâncias, e combinando os venenos midiáticos e políticos certos, estariam em condições de convencer, com atos em cena, a multidão de homens inferiores, da depravação e intemperança de qualquer homem íntegro sob o Céu. Por isso a idéia de ''igualdade de todos os homens diante de Deus'' é tão comprometedora, para não dizer demagógica e falaciosa. A todo custo, os miasmas políticos exalados da turba tentam proibir ações e convicções que, por si mesmas, participem das prerrogativas dos homens fortes, esclarecidos e bem informados, como se essas ações e convicções fossem um ultraje à humanidade. Atira-se o descrédito de todo um puteiro de sub-celebridades sem encanto e amor-próprio sobre todas as tendências superiores dos homens fortes, estabelecendo os preservativos mais fracos (fracos inclusive a respeito de si mesmos )como normas de valor: enaltecendo o lixo acefalado sob os holofotes da indústria cultural. A confusão vai tão longe que estigmatizam literalmente os grandes virtuoses da vida (cuja altivez e maestria soberana está em oposição violenta com tudo o que vem de baixo, virulentamente, escarrando seus recalques pro alto como ratos em desespero tentando escapar do esgoto das próprias vidas), em lhes emprestando os mais injuriosos nomes. Antes de tudo, ó pretensos donos das virtudes humanas, não tendes o direito de precedência sobre nós; e queremos nos fazer guardar de coração aqui a mais sincera humildade quanto a tudo isto: pois é um lamentável interesse pessoal e astúcia que aconselha vossas pretendidas virtudes, vossas pretensas posições na sociedade , que só existem aos vossos olhos, e aos de mais ninguém. E se tivésseis mais força e mais coragem em vossas almas subdesenvolvidas, subnutridas e sem interesse, não vos humilharíeis tanto assim, diante de nós, esforçando-se no caminho da nulidade e da irrelevância. Fazeis vós o que podeis: e que façais o que vos é míster -- ao que nos constrange profundamente as circunstâncias de constante frustração e indignação que exibem em público -- que façais o que vos aguarda, o que lhes parecer mais útil. A diferença é rigorosamente nenhuma para nós. O que governa nossos instintos mais íntimos, aquilo que governa nossa quantidade potência, não encontra entre vós nada que lhe possa dar razão de ser. Mas tendes, muitas vezes, o ''número '' e a alienação das massas a vosso favor, e à medida em que tiranizais essa vossa ''posse'', aumenta nosso desejo de lhes fazer guerra.
K.M.
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