A ordem do profano deve ser construída sobre a idéia de felicidade. Sua relação com o messiânico é um dos ensinamentos essenciais da filosofia da história. A partir dela se determina uma concepção mística da história, o que pode explicar o problema em uma imagem. Se representamos por uma seta o objetivo ao qual é exercido a dynamis do profano e, com outra seta, a direção da intensidade messiânica, certamente, a busca da felicidade da humanidade livre tende a desviar-se desta orientação messiânica? Falha na percepção da realidade?, mas também que outra força pode, em seu curso, favorecer a ação de outra força de uma trajetória oposta, portanto a ordem secular do profano? O que mais pode promover o advento do reino messiânico? Se o profano não se torna gradativamente uma categoria deste Reino, entretanto, é uma categoria dentre as mais relevantes, em sua aproximação do imperceptível. Na verdadeira felicidade tudo que é terreno busca sua fusão com o espiritual, e somente nesta fusão a ''dita'' felicidade é destinada à trabalhar com metas mais ambiciosas. – Embora seja verdade que a intensidade messiânica imediata do coração, de cada homem interior em cada indivíduo, adquira através do infortúnio o sentido do sofrimento, por outro lado, é a depuração de tal sentido que lhe permite reunir as energias necessárias à iniciação. Para a restitutio in integrum espiritual, que leva à imortalidade, corresponde um outra restitutio de ordem secular, que leva a uma eternidade mundana do cálculo, de brilho falso, e o ritmo dessa eterna existência mundana transitória, transitória em sua totalidade, porque não passa de fugacidade e etcetera infinito, tanto espacial quanto temporalmente, deve ser medida e compreendida com ceticismo.
Procurar diagnosticar corretamente essa transitoriedade, e surpreende-la em suas fraquezas estruturais, tal é a tarefa imediata da política mundial. O REMÉDIO SÓ DEUS SABE QUAL É!
K.M.
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