K.M.
quarta-feira, 3 de outubro de 2018
k
Qualquer que seja o ''ideal esquisito'' que se siga dentro de uma narrativa tão vazia e inconsistente como essa, o mínimo que se pode fazer, em termos de ética policial, jurídica e, mesmo de ''vergonha na cara'', é não exigir que esse ideal seja o ''ideal ''por excelência'', como quer a mídia liberal, que se acostumou a tratar o FBI como o seu macaco. É assim que os atocaiados de plantão do Partido Democrata pretendem arrebatar todo o privilégio ao caráter imparcial do processo em curso, conferindo a si mesmos não sei quantas ''prerrogativas inquisitórias'' sem nada que a realidade concreta possa justificar. É preciso saber distinguir os interesses em ebulição, quando o jogo político se transforma nessa demonstração de descortesia anti-ética, de grosseria sub-intelectual, de vale tudo eleitoreiro, de ''quanto pior melhor'', movido unicamente pela eminência temerária das urnas ---- e isto para não se nivelar por baixo, para não se igualar aos artífices deste circo que só interessa a uns poucos. Que é que vos obriga a isto, americanos?, e eu receio, lamento dizer que não seja nada mais que o instinto de rebanho, do homem aprisionado na turba, nos seus fetiches, na sua própria coisificação, na sua imitação do comportamento simiesco de celebridades vendidas aos holofotes... em suma : O MEDO PRÓPRIO DO REBANHO, em qualquer nação em que esta se forme tão culturalmente desnutrida. Neste jogo, os que enganam melhor pregam apenas o seu pequeno separatismo'' bem posicionado'' no meio da ganância política geral... A suposta prudência dos que querem ser apenas os ''missionários e representantes de um ideal ''mais justo'', mais democrático, mais ''unido num único e brilhante sorriso de melancia'', não passam de mascarados que transfiguram sua libido política diante dos olhos dos que acreditam no desinteresse e no heroísmo deste ou daquele. Assim é que procuram emprestar à virtude pública ''encantos novos'', célebres protagonismos, cenas inesquecíveis, rajadas de auto-imagem eleitoral que se imortalizem fulminando algo supostamente proibido. É ingenuidade considerar essa velha fórmula de propaganda política de última hora como algo inofensivo, pois ela termina sempre por atrair o rebanho hipnotizado e, através da convulsão acefalada deste, cooptam até mesmo os espíritos requintados que deveriam administrar-lhe o antídoto; primeiro, tornando-os curiosos e, logo depois, esmagando-os com avalanches de noticiários fabricados sob encomenda. Somente depois de haver reconhecido em si mesmo que toda sua crença era mentira e aparência ''glamourisada'' desde o início, de se assumir envenenado, enganando e manipulado ao extremo, se obtém novamente a permissão de percorrer as ''belas mentiras '' da mídia liberal de ''olhos abertos''. Ainda que seja alto o preço desta coragem , só assim é possível neutralizar esse autoritarismo, essa produção premeditada de significados que transformou a cultura popular numa lepra intelectual, num aborto da própria soberania, num eterno abrir mão da capacidade de se autodeterminar --- assim colocamos nossas fraquezas de instinto e raciocínio sob coordenadas próprias, colocamo-las ''em seu devido lugar, naquele centro da consciência onde estamos sozinhos com nós mesmos, em condições de julgarmos a realidade sem as interdições e os ruídos do espírito opaco do dirigismo político de alcova, do jornalismo especializado em lobby de aparelhagem e veto. Essa a única forma de subtrairmo-nos à imoralidade fundamental de tudo que existe, do luxo arrogante do liberalismo americano, a face mais custosa e escancarada de um sistema político viciado.
K.M.
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