BOCA DIURNA (Segundo Turno)
Só mesmo um bando de miolos moles pode chegar ao ponto de dizer que eu estava fazendo campanha irrustida para o PT. Eu simplesmente não estava fazendo campanha, nem para um, nem para outro candidato. Não degrado meu espaço virtual à um nível tão baixo, sou quase um ''apolítico''. Estive , nos últimos dias, discorrendo livremente a respeito daquilo que EU ACHO, no tocante à propostas e declarações dos candidatos, sem acrescentar muito ao que lia nas reportagens que postava, e sem me preocupar com os efeitos do meu pensamento sobre o resultado das eleições. Além do mais, não possuo esse poder de influência que alguns querem ver aqui, meus posts não influenciam 147 milhões de pessoas. Não sou conhecido das massas, nem desejo o ser. O que ocorre que é a Superestrutura do sistema, para a qual sou uma espécie de MESTRE ARREDIO INDESEJÁVEL QUE É PRECISO CULTIVAR À DISTÂNCIA, absorve tudo que eu faço e falo numa velocidade de absorção e propagação apócrifa tão grande, que alguma impressão se produz, no sentido de atribuir à minha pessoa ''poderes de decisão'' sobre o resultado das urnas, E muitos outros assuntos, algo totalmente impensável da minha parte.
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Além de ''não falarem mais a língua do povo'', como afirmou o rapper (petista) Mano Brown no próprio evento do PT, ainda por cima, agora, querem engana-lo, falando uma ''língua'' praticamente ''intraduzível'', que ignora completamente a realidade que eles mesmos criaram nos seus últimos governos, propondo um mergulho sócio-econômico em TREVAS TOTAIS, com aumento do déficit público em favor de uma remotíssima, quase surreal expectativa de crescimento econômico por meio do que eles chamam de ''investimento público'', que nada mais é do que aparelhagem política estatal usando obras públicas superfaturadas como fachada. Rombos fiscais gigantescos, como os do governo Dilma. Desemprego anestesiado com assistencialismo barato. Sucateamento do discurso público por meio de compra de votos. Vagabundagem institucional, coleguismo carcerário, tráfico de influência e redução do colégio de líderes do Congresso à uma caixinha de música, ''daquelas de dar corda''.EIS A LÍNGUA QUE FALA O PT DE HOJE EM DIA: ''QUANTO TÁ VALENDO O ORÇAMENTO DESSE ANO?'' ''Que bandido do nosso partido nós vamos ter que tirar do ministério para pôr os seus?'' ''E essa verba federal?, quantos votos no nosso projeto de lei ?'' ''E esse juiz enchendo nosso saco todo dia?, quem vai resolver isso pra gente?'' ''E o Lula?, como vamos sustentar nossa capangagem até o fim do ano fiscal?'' ''Etc, etc, etc. o etc infinito da fugacidade completamente devastada... e você aí, em dúvida? Vai votar no presidente achando que o botijão de gás vai ficar mais barato, analfabeto político? VAI PARA A RUA LEVANTAR A BANDEIRA DE UMA GANGUE QUE SEMPRE TE TRATOU COMO ESCÓRIA COADJUVANTE? COMO ''MATRACA A SER CALADA''? COMO ''DEPÓSITO DE CESTA BÁSICA'' ? COMO LATRINA DE PANFLETOS AFRO-DESCENDENTES ALIENANTES? TEM SAUDADES DO LULA TE CHAMANDO DE '' MEU NEGUINHO'' ? PELA SECOM , ENQUANTO PASSEIA DE JATO PELO MUNDO COM O SÉRGIO CABRAL?
A- CORDA!
O resto é com DEUS!
BOA SORTE!
Post Scriptum
Boca Diurna (primeiro turno)
Distinções nefastas de última hora se tornam engraçadas em gargantas apertadas pelo medo. Tanto mais, quando esse medo se torna uma construção coletiva, tão caótica quanto cômica . O que podem exigir de si mesmos tantos imoralistas políticos juntos para combater um único candidato, além de um pouco de medo eleitoral... O governo que virá está sendo pintado de forma bastante patética, como se existisse um ''instinto particular'' do conhecimento político do país, que cegamente se precipitasse sobre a a verdade pasmosa de nossa república. Colocam problemas de utilidade e perigo para o candidato que combatem, como se ele fosse assumir uma máquina diferente daquela que está aí, enguiçada em todos os setores, inútil para seja lá qual forem os fins. O que fara ele além de colocar alguns militares nos grandes ministérios, e arrastar-se num diálogo sofrível e infrutífero com o Congresso durante quatro anos e tentar a reeleição? Quanto à presença de militares nos altos cargos, me parece saudável, depois de tanto tempo sendo ministeriados por trocadores de figurinhas profissionais fazendo cifras com a tecnocracia. Quero acreditar que os militares possam trazer algo da retidão e rigor marcial à nossa labiríntica burocracia administrativa, aparelhada e apadrinhada até onde o fisiologismo foi capaz de afastar o instinto prático da gestão eficiente. Sabemos quais são os instintos ativos por trás de nossos órgãos de gestão atualmente: a luta dos maus escrúpulos para dobrar a coluna do sistema na direção dos próprios interesses, partidários e pessoais. Para obedecer a esses instintos foi que os sentidos e significados da mudança de poder passaram a ser pintados da forma que estamos vendo. Inventaram até mesmo novas memórias, novos passados, reduzindo os fenômenos atuais que jogam contra suas propostas de governo tão rápido quanto possível: a economia, a acumulação de conhecimento, o ''manejo do mundo'', a imagem da realidade'', oque esse bando de analfabetos que se candidataram à Presidência tem a oferecer além de uma luta de instintos bem definida, em forma de regressão à estágios anteriores de desenvolvimento sócio-econômico, onde o formato de governo fisiológico, que lhes deram vida e razão de ser ao longo dos anos, prospera mais livremente? Nenhuma perspectiva de governo pelo conhecimento puro e probidade científica, desde que a moral política exige respostas maiores e mais urgentes que as que eles andaram oferecendo e embandeirando pelos esgotos sociais por onde fizeram campanha. A verdadeira moralidade política diz: EXIJO RESPOSTAS! e aqui ela se refere a CERTAS RESPOSTAS, nas quais as razões, os argumentos, as propostas, as promessas e os escrúpulos não venham tão demasiadamente tarde quanto dão a entender o ''tonzinho moderado'' de seus panfletos e cabos eleitorais. Como devemos proceder então, neste pleito? Eu te explico como. É ASSIM: se realmente somos capazes de pensarmos que andamos nos ocupando seriamente cm o tipo de desenvolvimento soberano que merece qualquer nação que se respeite, nas quais tudo se tornou instinto, rapidez, oportunidade e eficiencia, capacidade de responder aos acontecimentos, de amortecer golpes, de esquivar-se à pressões externas, fatalmente nosso sentido de urgência patriótica nos impelirá às urnas com um sentimento absolutamente cômico apertando nossa garganta, pois não saberemos em quem votar. De fato, nosso auto-equívoco, enquanto povo e nação, coloca nossos melhores ideais abaixo de nossos instintos. Nossa auto-consciência política revela um certo estado doentio, uma lentidão conceitual que desliza no esgoto barrento de nossas dúvidas, que nem a cocaína pode acelerar. As épocas fortes, os povos vigorosos não flexionam acerca de seus direitos, de suas garantias, a troco de nada... quando uma eleição presidencial se transforma numa ''dança da chuva de votos'' publicitária, quando as propostas se transformam em pedidos, quando o raciocínio dos candidatos se reduz à um olhar de filhote de cão encharcado, implorando atenção e poder, a única consciência que surge disto é um índice de hilaridade incontrolável, que nos faz recear da lógica da realidade, não só da nossa, mas do mundo inteiro, em que tudo não passa de um pastoreio monótono de massas acefaladas por elites adversárias pirrônicas, administrando o cálculo da fugacidade devastada da existência humana pelo infinito etcera da mesmice neoliberal contorcida, lesionada e engessada pelo destino o século.
K.M.
K.M.
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