fatia de melão descendo na garganta,
enquanto seu direito de estar nervoso
era dissecado com pinças pelo freguês ao lado.
O silêncio, à tua volta, era o dos que mexiam
na entranhas de um cadáver radioativo
cheirando à ódio alaranjado.
Outras mulheres, para vingar-se de ti,
mordiam obliquamente ocultas,
as hastes de teu corpo vencido
e o denunciavam em sua Última Ceia
na lanchonete ''dita'' ESTRELAS.
Depois da catástrofe, elas se recolhiam,
SEDENTAS, ao seu rancor milenar
sob as ameaças do auto-encontro.
K.M.
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