quarta-feira, 15 de agosto de 2018

MÍDIA AMERICANA

Os clientes comem a flor de plástico
em meio ao barulho semi-inteligente
da máquina de calcular do jornal.
Mas a Economia pede: ''Paciência!'',
encabulada: Quanta lavagem cerebral!''.
A sombra-cega enrijece-se num canto,
rindo: seu osso gela aos pés dos túmulos
enquanto seu bom-humor de abubo
forra de vida uma rosa falsa, que hipnotiza.
''No frêmito da fúria a fera é símia?''
Certamente: o Cavalo de Tróia lhe prega um susto,
levando água à sedes menores que a sua.
A água azeda, vagando na luz da tv...
Morre-se mais relxado a sós, do que com você,
alçando o próprio espectro à bruxaria.
O controle da moto pineal aciona a ogiva
e a descarga elétrica, a jato, banha os olhos.
O Mal poliniza, assa o ar do mundo em tecnicolor
toureando o limbo das próprias entranhas.
Quanto humor negro cabe na sombra deste olhar?
Aff: Que desespero da esperança, forjar
o delírio na certeza, mestra do querer o Bem,
da possibilidade de ir além (da cupa?):
versão de ''quereres'', a AÇÃO argui os passos
para a cilada final, e o cidadão de bem
perde a Cidade, que pende-lhe dos braços.
A burla impondo à fé um ritual secreto
(diversos fluidos misturados criteriosamente
aos reagentos do processo) enquanto
as consequencias ditam a ocasião propícia:
expectativas de sucesso? receios do fracasso?
A baba azeda requer mudança: ''Como faço?!''.
E os bancos querem-me em casa, em pânico
diante de minha própria liberdade.
Mas eu não sabia que a vida (ou bancos?)
nos torna tão importantes quando
nos querem abater. NEM A TV!

K.M.



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