no estudo de economia, na sela de
todos os sobressaltos do capital circulante,
fixo na sede das novas espartas.
Elmos de almas armadas até os dentes
ensaiam salmos de sangue, e infartam,
sugando a última seiva dos clientes.
A insistência transforma os santos
em criminosos, que trabalham com esperança,
vergonhosos patifes, furando os olhos
do Boi em moto-contínuo, ou fazendo de conta...
Ritual de falsas gentilezas, estalando os ossos
da fera com medo, que não se afronta
impunemente. O carro oculto regressa
à ordem rarefeita das mãos doloridas.
Levanta-se sob o coro dos bem-te-vis
e toma-se um banho frio, empedernido
por um sabonete desacreditado de tudo,
e começa-se a trabalhar. Pronto, chefe!,
milhões de vultos morrendo dentro da mata.
O cheiro de insulto fede, antes do blefe
premeditado, controla o latejar das patas
do Boi. E morre-se antes mesmo do triunfo
das lâminas ensanguentadas, dos pulsos que puxo
para dentro da cueca, como algo que resta
de um antigo estupro, uma última provocação
da vingança subestimada. Assim se testa
a vítima desarmada no calor da ação.
Os homens começam a arder sem destino,
porque tudo é vontade de fugir, desatino
controlado pelo Fogo rancoroso da TV.
A idéia inicial, obviamente, era ir além de você,
de coxas tatuadas, que acredita no próprio trabalho,
e que, excitados, os homens de bem da Bolsa
sublimariam o Demônio, só por causa de uma moça
americana bonita, e politicamente correta.
Mas preferiram o Coração de Púrpura do Inferno
ensanguentado num estojo de prata.
K.M.
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