jogado no esterco verde, massacra a concorrência.
Está postado no ângulo mais perigoso do Céu,
empunhando uma espada que, de tão fria,
dá asco e perverte o ar do mundo com culpa. Eu
olho o Presidente olhos nos olhos, com a sabedoria
do rigor, e as exigências de um interrogatório
mortal... ele cultiva o pleonasmo como quem cria
galinhas em seu quintal. Meu rigor exige de seu ódio
que apresente algo mais duro que sua hipocondria
fecal, seu balde de merda analfabeta diária
exibindo os músculos do governo no jornal,
os méritos de suas virtudes criminosas, e seu ar
de demente junto à família do general, e
a insólita unidade desses troços de armar, ali,
em sua folha corrida nos arquivos do FBI.
Mas advirto: nem sempre amanheço assim,
com os punhos cerrados, absorto no Apocalipse
suspenso que é minha mente; como já disse,
é lentamente que mesclo meu sangue com a morte,
minhas cicatrizes são tatuagens que dão sorte...
minha memória afetiva é meu estômago, e meu entusiasmo
uma glândula de terremoto, destruição e sarcasmo,
que assobia dentro do Inferno uma oração
capaz de pulverizar seus triunfos de cartão
postal de repente, e suas articulações de ossadas econômicas...
Toda hora, explode nos meus tímpanos uma bomba atômica
de má vontade: Todos escutam, aflitos, como ela crepita!
Não há conjuntura melhor que esse silêncio de gruta
para merecermos a vitória definitiva na disputa.
Allah é paciente em sua fúria, e em todas as partes
cura com espanto divino os pesadelos da Arte
Política --- somos todos contrabandistas de pesadelos,
desativando e reativando os presságios do medo
que nos fixou para sempre na margem escura
do mundo, da História, no coração da loucura
onde a Serpente da Maldade se imprime
incomodamente --- esse enxofre que te deprime!
K.M.
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