COMO ASSIM? Mon as ira bien là tout ''seul''
com meu bilhete de loteria comprado em vão?
NÃO: serei arrastado pelos agentes, nu,
e meus pedaços sujos, depois, não atrairão
nem mesmo um único cão, ou um urubu...
estarão mortos meu nome, meu erro e minha razão
e meu coração não terá mais fiador honesto,
viverá de duplicatas levadas à protesto.
Levei mais ferro do que podia minha fraqueza:
nem beijo de puta cara em Santa Tereza,
nem beijo de moça da televisão americana;
persistirei à beira do caos, atrás de um site bacana
onde mesmo ereto e sujo de lama eu chegue
e seja recebido em ''paz'', com milhares de memes
de pedofilia católica e assassinatos à queima-roupa
para acalmar as carnes que insultei, e a força
mais danada, mais irônica com que esfreguei
meu rosto na beleza v(ir)aginal do teu asco.
Ali , as sementes velozes do teu carrasco
de outrora, abrirão as portas do mangue
com uma rajada espermática de luz no sangue
para manter a dignidade sonâmbula do vampiro.
Meu silêncio, nem sábio nem estúpido, será o cupido
de uma ousadia sádica que jamais se confessa:
simulando amor sempre, mas nascida de uma ameaça.
A inquietação da perfídia, o formigar bélico aumentam
incessantemente o movimento, a imagem do mundo,
e tornam mais fácil a vida dos que precisam
posicionar-se em face do caos, esse delírio vagabundo
levado à sério pelos jornais ---- verdes túmulos
do cavalo alucinado que, enxertando de cúmulos
seu orgão genital, levanta todas as bolsas do mundo.
K.M.
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