Hoje de manhã uma outra mulher ocupou
o lugar que esteve reservado para você
por tanto tempo, no meu amor comprimido,
e agora usa o nome que era só teu,
deixando para ti apenas um apelido
do qual meu coração já se esqueceu.
Uma segunda, e até mesmo uma terceira
damas surgiram no meu peito, e já na sexta-feira
fiz com elas tudo que havia para ser feito.
Praguejaram um pouco no meu trabalho,
criticando meu comportamento: ''Caralho!,
quem olhará agora para o vestido dela?,
ou tocará a canção que a fez famosa?,
ou recortará, dentre as notícias guerreiras,
o imundo poema da gula punheteira?''.
Mas eu entrara no novo amor babando, como
dentro de um espelho, correndo com sono
às portas do Paraíso. E excessivamente certo
de que era com o corpo que devia lutar:
entrando no chuveiro de noite, como num deserto
de água e sabão, para as pálpebras lavar
antes de entrar no cio medonho da escuridão
e beber sozinho meu inferno particular.
De longe, ela ouvirá apenas o ontem
da ave que cantava para ela, e o homem
que gostava de combinar filmes de faroeste
com o poder das palavras, armas celestes,
se converterá para ela num latifúndio intocado.
Minha carne trêmula se converterá em chumbo sagrado
e as armas novas gritarão mais alto que a queda
dos que caíram calados na fuligem do Mal, correndo
das novas desgraças como ventos abandonados,
derretendo desconfiados, mas sem queixa
no vôo mortal do poema. Como eles
eu também escolhi a liberdade. Que pena!
E a liberdade era isso: morrer fodendo
anonimamente na luz astral. Sem problema,
o fato de ser rejeitado é sem discussão,
mas no ano que vem serei mais correto:
explodirei meu táxi de vastíssima erudição
misturando cerveja e querosene no coração...
Gozarei, enfim, toda a espontânea destruição
de que a sabedoria da loucura é capaz.
Essa parada tática, colocará meu nome em cartaz
eternamente, e os que empobrecerem demais
com a minha loucura, entenderão o significado
nefasto por trás da palavra ''cálculo'', e que
esse mundo tem mais armadilhas que oráculos.
por tanto tempo, no meu amor comprimido,
e agora usa o nome que era só teu,
deixando para ti apenas um apelido
do qual meu coração já se esqueceu.
Uma segunda, e até mesmo uma terceira
damas surgiram no meu peito, e já na sexta-feira
fiz com elas tudo que havia para ser feito.
Praguejaram um pouco no meu trabalho,
criticando meu comportamento: ''Caralho!,
quem olhará agora para o vestido dela?,
ou tocará a canção que a fez famosa?,
ou recortará, dentre as notícias guerreiras,
o imundo poema da gula punheteira?''.
Mas eu entrara no novo amor babando, como
dentro de um espelho, correndo com sono
às portas do Paraíso. E excessivamente certo
de que era com o corpo que devia lutar:
entrando no chuveiro de noite, como num deserto
de água e sabão, para as pálpebras lavar
antes de entrar no cio medonho da escuridão
e beber sozinho meu inferno particular.
De longe, ela ouvirá apenas o ontem
da ave que cantava para ela, e o homem
que gostava de combinar filmes de faroeste
com o poder das palavras, armas celestes,
se converterá para ela num latifúndio intocado.
Minha carne trêmula se converterá em chumbo sagrado
e as armas novas gritarão mais alto que a queda
dos que caíram calados na fuligem do Mal, correndo
das novas desgraças como ventos abandonados,
derretendo desconfiados, mas sem queixa
no vôo mortal do poema. Como eles
eu também escolhi a liberdade. Que pena!
E a liberdade era isso: morrer fodendo
anonimamente na luz astral. Sem problema,
o fato de ser rejeitado é sem discussão,
mas no ano que vem serei mais correto:
explodirei meu táxi de vastíssima erudição
misturando cerveja e querosene no coração...
Gozarei, enfim, toda a espontânea destruição
de que a sabedoria da loucura é capaz.
Essa parada tática, colocará meu nome em cartaz
eternamente, e os que empobrecerem demais
com a minha loucura, entenderão o significado
nefasto por trás da palavra ''cálculo'', e que
esse mundo tem mais armadilhas que oráculos.
K.M.
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