segunda-feira, 27 de agosto de 2018
BOCAGE
Manuel Maria de Barbosa du Bocage, nascido em 15 de setembro de 1765 na cidade de Setúbal (Portugal), considerado o maior poeta do século XVIII. Apelidado pelo povo simplesmente de Bocage, mas os seus amigos o chamavam de Manuel Maria. Na sua vida Arcádia recebeu o pseudônimo de Elmano Sadino. Diferenciou-se dos poetas árcades à medida que tomou como tema para suas poesias a sua própria experiência de vida, gerou uma poesia tensa e turbulenta, manifestação exagerada das angústias humanas. O que lhe causou a fama de boêmio dissoluto, de piadista e de poeta pornográfico.
Ao lado do seu grande mestre Camões e de Anterio de Quental, Bocage é considerado um dos três maiores sonetistas de toda literatura portuguesa. Por ser grande perseguidor das obras e vida de Camões, ele atingiu na lírica o ponto alto de sua obra. Mas também, sobressaiu-se como poeta satírico e erótico. A poesia erótica era muita intensa, tanto em palavras quanto em sentido poético, era tida como algo “inexistente”, “perversa”. Assim, Bocage foi perseguido pela cesura portuguesa e o mesmo considerado satírico e maldito.
A vida acadêmica de Bocage foi marcada por dois períodos transitórios: o primeiro marcado por inúmeras mudanças, como a Revolução Francesa (1789); a segunda, pela a progressão do Romantismo. Dessa forma, a sua obra é um trabalho de transição que demonstra concomitantemente aspectos dos dois movimentos literários.
A poesia bocageana na fase inicial é marcada por criações e temas convenientes do Arcadismo: ambiente bucólico, o ideal de vida simples e alegre, a simplicidade e clareza das ideias e da linguagem. No outro conjunto de criação poética do autor, chamado de pré-romântico, vai de encontro aos postulados Árcades e antecede o movimento literário Romantismo. O eu lírico se coloca, num gesto completo de desespero e descontrole emocional. Em vez de equilíbrio, percebe-se o pessimismo existencial do autor, sendo a morte uma saída para saciar angustia de viver.
Há um predomínio total da emoção, sem nenhum vínculo com o racionalismo. Em lugar da objetividade, predomina o subjetivismo. Com o espírito aventureiro, Bocage passou seus 40 anos de vida, destacados pelo sofrimento (dificuldades, doenças e misérias) e pelos insucessos (perseguições) de toda ordem.
Aos 15 anos ingressou no serviço militar; aos 21 anos foi incorporado à Marinha Real, foi para Goa na Índia, onde permaneceu por três anos, não aceitando ser transferido para Damão, desertou e fugiu para China. Em 1790, ao retornar para Portugal, Bocage sofrera a sua maior decepção, que foi ver a amada Gertrudes, casada com seu irmão, Gil Bocage.
Sua carreira literária não foi menos turbulenta. Participou da Nova Arcádia, por mais de três anos, da qual, foi expulso. Em 1797 foi preso porque conspirava contra a segurança do Estado, consegue redução da sua pena. É transferido para uma prisão no Mosteiro de São Bento e, no hospício das Necessidades, viveu um período de calma. Saindo do convento, em 1799, publicou o segundo volume das Rimas, ficou livre de todos os “vícios”, passou a trabalhar como tradutor para se manter e sustentar sua irmã e sobrinha. Tornou-se pobre e doente, reconciliou com todos aqueles que o ofendera e morre em 21 de dezembro de 1805. Antes de morrer lamenta “as desordens fatais da louca idade”...
[SONETO DO EPITAPHIO]
La quando em mim perder a humanidade
Mais um daquelles, que não fazem falta,
Verbi-gratia — o theologo, o peralta,
Algum duque, ou marquez, ou conde, ou frade:
Não quero funeral communidade,
Que engrole "sub-venites" em voz alta;
Pingados gattarrões, gente de malta,
Eu tambem vos dispenso a caridade:
Mas quando ferrugenta enxada edosa
Sepulchro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitaphio mão piedosa:
"Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou vida folgada, e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro".
*
[SONETO DO MEMBRO MONSTRUOSO]
Esse dysforme, e rigido porraz
Do semblante me faz perder a cor:
E assombrado d'espanto, e de terror
Dar mais de cinco passos para traz:
A espada do membrudo Ferrabraz
De certo não mettia mais horror:
Esse membro é capaz até de pôr
A amotinada Europa toda em paz.
Creio que nas fodaes recreações
Não te hão de a rija machina soffrer
Os mais corridos, sordidos cações:
De Venus não desfructas o prazer:
Que esse monstro, que alojas nos calções,
É porra de mostrar, não de foder.
*
[SONETO AO ARCADE FRANÇA]
No cantho de um venal salão de dansa,
Ao som de uma rebeca desgrudada,
Olhos em alvo, a porra arrebitada,
Bocage, o folgazão, rostia o França. (2)
Este, com mogigangas de creança,
Com a mão pelos ovos encrespada,
Brandia sobre a roxa fronte alçada
Do assanhado porraz, que quer lambança.
Veterana se faz a mão bisonha;
Tanto a tempo meneia, e sua o bicho,
Que em Bocage o tesão vence a vergonha:
Quiz vir-me por luxuria, ou por capricho;
Mas em vez de acudir-lhe alva langonha
Rebenta-lhe do cu merdoso esguicho.
*
[SONETO DE TODAS AS PUTAS] (3)
Não lamentes, ó Nize, o teu estado;
Puta tem sido muita gente boa;
Putissimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes putas teem reinado:
Dido foi puta, e puta d'um soldado;
Cleopatra por puta alcança a c'roa;
Tu, Lucrecia, com toda a tua proa,
O teu conno não passa por honrado:
Essa da Russia imperatriz famosa,
Que inda ha pouco morreu (diz a Gazeta)
Entre mil porras expirou vaidosa:
Todas no mundo dão a sua greta:
Não fiques pois, ó Nize, duvidosa
Que isso de virgo e honra é tudo peta.
*
[SONETO DE TODOS OS CORNOS]
[José Anselmo Correa Henriques]
Não lamentes, Alcino, o teu estado,
Corno tem sido muita gente boa;
Cornissimos fidalgos tem Lisboa,
Milhões de vezes cornos teem reinado.
Sicheu foi corno, e corno de um soldado:
Marco Antonio por corno perdeu c'roa;
Amphitryão com toda a sua proa
Na Fabula não passa por honrado;
Um rei Fernando foi cabrão famoso
(Segundo a antiga lettra da gazeta)
E entre mil cornos expirou vaidoso;
Tudo no mundo está sujeito à greta:
Não fiques mais, Alcino, duvidoso,
Pois isto de ser corno é tudo peta.
*
[SONETO DA DONZELLA ANSIOSA]
Arreitada donzella em fofo leito,
Deixando erguer a virginal camisa,
Sobre as roliças coxas se divisa
Entre sombras subtis pachacho estreito:
De louro pello um circulo imperfeito
Os pappudos beicinhos lhe matiza;
E a branca crica, nacarada e lisa,
Em pingos verte alvo licor desfeito:
A voraz porra as guelras encrespando
Arruma a focinheira, e entre gemidos
A moça treme, os olhos requebrados:
Como é inda boçal, perde os sentidos:
Porem vae com tal ansia trabalhando,
Que os homens é que veem a ser fodidos.
*
[SONETO DO PAU DECIFRADO]
É pau, e rei dos paus, não marmeleiro,
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite, sem ser arvore de figo,
Da glande o fructo tem, sem ser sobreiro:
Verga, e não quebra, como zambujeiro;
Oco, qual sabugueiro tem o umbigo;
Brando às vezes, qual vime, está comsigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:
À roda da raiz produz carqueja:
Todo o resto do tronco é calvo e nu;
Nem cedro, nem pau-sancto mais negreja!
Para carvalho ser falta-lhe um U; [carualho]
Adivinhem agora que pau seja,
E quem adivinhar metta-o no cu.
*
[SONETO DO PREGADOR PECCADOR]
Bojudo fradalhão de larga venta,
Abysmo immundo de tabaco esturro,
Doutor na asneira, na sciencia burro,
Com barba hirsuta, que no peito assenta:
No pulpito um domingo se apresenta;
Prega nas grades espantoso murro;
E acalmado do povo o grão sussurro
O dique das asneiras arrebenta.
Quattro putas mofavam de seus brados,
Não querendo que gritasse contra as modas [qu'rendo]
Um peccador dos mais desaforados:
"Não (diz uma) tu, padre, não me engodas:
Sempre me ha de lembrar por meus peccados
A noite, em que me deste nove fodas!"
*
[SONETO DO CARALHO POTENTE]
Porripotente heroe, que uma cadeira
Sustens na poncta do caralho teso,
Pondo-lhe em riba mais por contrapeso
A cappa de baetão da alcoviteira:
Teu casso é como o ramo da palmeira,
Que mais se eleva, quando tem mais peso;
Si o não conservas açaimado e preso,
É capaz de foder Lisboa inteira!
Que forças tens no horrido marsapo, [hórrido]
Que assentando a dysforme cachamorra
Deixa connos e cus feitos num trappo!
Quem ao ver-te o tesão há não discorra
Que tu não podes ser sinão Priapo,
Ou que tens um guindaste em vez de porra?
*
[SONETO DO PRAZER EPHEMERO]
Dizem que o rei cruel do Averno immundo
Tem entre as pernas caralhaz lanceta,
Para metter do cu na aberta greta
A quem não foder bem ca neste mundo:
Tremei, humanos, deste mal profundo,
Deixae essas lições, sabida peta,
Foda-se a salvo, coma-se a punheta:
Este prazer da vida mais jucundo.
Si pois guardar devemos castidade,
Para que nos deu Deus porras leiteiras,
Sinão para foder com liberdade?
Fodam-se, pois, casadas e solteiras,
E seja isto ja; que é curta a edade,
E as horas do prazer voam ligeiras! (7)
*
[SONETO DO RETRACTO MAL FALLADO] [anonymo]
Esqueleto animal, cara de fome,
De Timão, e chapéu à hollandeza,
Olhos espantadiços, bocca accesa,
D'onde o fumo, que sae, a todos some:
Milagre do Parnaso em fama e nome,
Em corpo gallicado alma franceza,
Com voz medonha, lingua portugueza,
Que aos boccados a honra e brio come:
Toda a moça, que delle se confia,
É virgem no serralho do seu peito;
Janella, que se fecha, putaria!
Neste esboço o retracto tenho feito;
Eis o grande e fatal Manoel Maria,
Que até pintado perde o bom conceito.
*
[SONETO DO MONGE CALUMNIADO]
[anonymo]
Lingua mordaz, infame e maldizente,
Não ouses murmurar do bom prelado:
Inda que o vejas com Alcippe ao lado.
Amigo não será, será parente:
Geral da Ordem, pregador potente,
No jogo padre-mestre jubilado,
E tambem caloteiro descarado
Pode ser que o repute alguma gente:
E que te importa que fornique a moça?
Que pregue o evangelho por dinheiro? [pé quebrado]
Que em vez de andar a pé ande em carroça?
Talvez que disso seja um verdadeiro
Dos monges exemplar, da Serra d'Ossa,
Pois que dos monges é hoje o primeiro. (anônimo)
*
[SONETO DA AMADA GABADA]
Si tu visses, Josino, a minha amada
Havias de louvar o meu bom gosto;
Pois seu nevado, rubicundo rosto
Às mais formosas não inveja nada:
Na sua bocca Venus faz morada:
Nos olhos tem Cupido as settas posto;
Nas mammas faz Lascivia o seu encosto,
Nella, emfim, tudo encanta, tudo agrada:
Si a Asia visse coisa tão bonita
Talvez lhe levantasse algum pagode
A gente, que na foda se exercita!
Belleza mais completa haver não pode:
Pois mesmo o conno seu, quando palpita,
Parece estar dizendo: "Fode, fode!"
*
[SONETO DO NINHO]
[Pedro José Constancio]
Para illudir o suspirado encanto,
Por quem debalde ha longo tempo ardia,
"Um ninho achei, ó Lesbia (eu lhe dizia)
Como é dos paes delicioso o canto!"
Assim doloso me expressava, em quanto
Um alegre alvoroço em Lesbia eu via:
"Ah! onde o deparaste?" (ella inquiria)
"Vem (lhe torno) commigo ao pé do acantho":
Por um bosque me fui co'os meus amores,
Pergunta aos ramos pelo implume achado,
E respondendo só vão meus furores.
Conhece... quer fugir ao laço armado,
Na encosta a vergo, que afofavam flores,
Beijo-lhe as iras... fique o mais calado.
*
SONETO DO CARALHO APATETADO]
Fiado no fervor da mocidade,
Que me accenava com tesões chibantes,
Consumia da vida os meus instantes
Fodendo como um bode, ou como um frade.
Quantas pediram, mas em vão, piedade
Encavadas por mim balbuciantes!
Ficando a gordos sessos alvejantes
Que hemorrhoides não fiz nesta cidade!
À força de brigar fiquei mammado;
Vista ao caralho meu, que de gaiteiro
Está sobre os colhões apatetado:
Oh Numen tutelar do mijadeiro!
Levar-te-ei, si tornar ao teso estado,
Por offerenda espetado um parrameiro.
*
[SONETO DO JURAMENTO]
Eu foder putas?... Nunca mais, caralho!
Has de jurar-m'o aqui, sobre estas Horas:
E vamos, vamos ja!... Porem tu choras?
"Não senhor (me diz elle) eu não, não ralho":
Battendo sobre as Horas como um malho,
"Juro (diz elle) só foder senhoras,
Das que abrem por amor as temptadoras
Pernas àquillo, que arde mais que o alho".
Co'a força do jurar esfolheando
O sacro livro foi, e a ardente sede
O fez em mar de ranho ir soluçando...
Ah! que fizeste? O céu teus passos mede!
Anda, heretico filho miserando,
Levanta o dedo a Deus, perdão lhe pede!
*
[SONETO ANAL]
"Ora deixe-me, então... faz-se creança?
Olhe que eu grito, pela mãe chamando!"
Pois grite (então lhe digo, amarrotando
Saiote, que em baixal-o irada cansa):
Na quente lucta lhe desgrenho a trança
A anagua lhe levanto, e fumegando,
As estreitadas bimbas separando
Lhe arrimo o caralhão, que não se amansa:
Tanto a ser giria, não gritava a bella:
Que a cada grito se escorvava a porra,
Fazendo-lhe do cu saltante pella!
— Ha de pagar-me as mangações de borra,
Basta de conno, ponha o sesso à vela,
Que nelle ir quero visitar Gomorrha.
*
[SONETO DA PUTA ASSOMBROSA]
Pela rua da Rosa eu caminhava
Eram septe da noite, e a porra tesa;
Eis puta, que indicava assaz pobreza,
Co'um lencinho à janella me accenava.
Quaes conselhos? A porra fumegava;
"Hei de seguir a lei da natureza!"
Assim dizia e effeituou-se a empresa;
Prepucio para traz a porta entrava.
Sem que saude a moça prazenteira
Se arrima com furor não visto à crica,
E a bella a molle-molle o cu peneira.
Ninguem me gabe o rebolar d'Annica;
Esta puta em foder excede à Freira,
Excede o pensamento, assombra a pica!
*
[SONETO DO GOZO VICTORIOSO]
Vem ca, minha Marilia, tão roliça,
So'as bochechas da cor do meu caralho,
Que eu quero ver si os beiços embaralho
Co'esses teus, onde amor a ardencia attiça:
Que abrimentos de bocca! Tens preguiça?
Hospeda-me entre as pernas este malho,
Que eu te ponho ja tesa como um alho;
Ora chega-te a mim, leva esta piça...
Ora mexe... que tal te sabe, amiga?
Então foges c'o sesso? É forte historia!
Elle é bom de levar, não, não é viga.
"Eu grito!" (diz a moça merencoria).
Pois grita, que espetada nesta espiga
Com porraes salvas cantarei victoria.
*
SONETO DO LASCIVO PEZINHO]
Dormia a somno solto a minha amada,
Quando eu pé ante pé no quarto entrava:
E ao ver a linda moça, que arreitava,
Sinto a porra de gosto alvoroçada:
Ora do rosto vejo eu a nevada
Pudibunda bochecha, que encantava;
Outrora nas mamminhas demorava
Soffrega, ardente vista embasbacada:
Porem vendo sahir dentre o vestido
Um lascivo pezinho torneado,
Bispo-lhe as pernas e fiquei perdido:
Vae sinão quando, o meu caralho amado
Bem como Enéas accordava Dido,
Salta-lhe ao pello, por seguir seu fado
*
[SONETO DA PORRA BURRA]
Eram oito do dia; eis a creada
Me corre ao quarto, e diz "Ahi vem menina
Em busca sua; faces de bonina,
Olhos, que quem os viu não quer mais nada".
Eis me visto, eis me lavo, e esta engraçada
Fui ver incontinenti; oh céus! que mina!
Que breve pé! Que perna tão divina!
Que mamminhas! que rosto! Oh, que é tão dada!
A porra nos calções me dava urros;
Eis a levo ao meu leito, e ella rubente
Não podia soffrer da porra os murros;
"Ai!... Ai!... (de quando em quando assim se sente)
Uma porra tamanha é dada aos burros,
Não é porra capaz de foder gente".
*
[SONETO DO CARALHO GOVERNANTE]
Pela escadinha de um courão subindo
Parei na sala onde não entra o pejo;
Chinelo aqui e alli suado vejo,
E o fato de chordel pendente, rindo;
Quando em miseria tanta reflectindo
Estava, me surgiu nympha do Tejo,
Roendo um fatacaz de pão com queijo,
E para mim num ai vem rebullindo:
Dá-me um grito a razão: — "Eia, fujamos,
Minha porra infeliz, ja deste inferno...
Mas tu respingas? Tenho dicto, vamos..."
Eis a porra assim diz: — "Com odio eterno
Eu, e os socios colhões em ti mijamos;
Para baixo do umbigo eu só governo".
*
[SONETO DA COPULA CANINA]
Quando no estado natural vivia
Mettida pelo matto a especie humana,
Ai da gentil menina deshumana,
Que à força a greta virginal abria!
Entrou o estado social um dia;
Manda a lei que o irmão não foda a mana,
É crime até chuchar uma sacana,
E pesa a excommunhão na sodomia:
Quanto, lascivos cães, sois mais dictosos!
Si na egreja gostaes de uma cachorra,
La mesmo, ante o altar, fodeis gostosos:
Emquanto a linda moça, feita zorra,
Voltando a custo os olhos voluptuosos,
Põe num altar a vista, a idéa em porra.
*
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário