sexta-feira, 31 de agosto de 2018

GESTÃO DE CORPO ALHEIO

Tentava-se gerir um corpo alheio
na durasucessão de baques surdos
e na lava dos dias consumidos.
A perícia dos experts, ALI,
só servia para estrangular o nível de comparação.
A repetição das pequenas safras
no peito oferto da audiência
era um mostruário de fomes enredadas
dormindo em concha, agressivamente ávidas.
A blandícia errava em tormento atenuado,
avançando sobre as sombras das fêmeas
em busca de oxigenação extra
e bovinos subsídios
sob pedido urgente.
Onde era possível o avanço,
a teia de problemas que existia
na pele do existente, ia se agravando
ou era sugado por perguntas de bolso
e em ecos se desmembrava ----
seus prótons e electróns
com a maior dignidade
(a dignidade de um laboratório de Boston)
ante as esperanças terminais da magia
ou o trabalho festivo do Capital ---
fritando a Salamandra em chama fria,
por etapas, na aguda espostejação da travessia
da CARNE através do CONHECIMENTO,
sem muita convicção...

K.M.

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