domingo, 2 de setembro de 2018

FRONT

Na primeira noite do front
a embriaguez total obrigou-me
aos banhos de uréia, 
recebendo sob o lençól
o coice das nádegas amadas;
no dia seguinte, o Sol
e os inimigos lá fora
viram uma escada
saindo da minha boca
e demônios atormentados
descendo pela minha fala
em busca de silêncio
e cenários de investimentos
mais promissores
que a atual temperatura do meu corpo.
Meus instintos, eles diziam,
haviam se tornado uma bomba
de efeito retardado
pela ética das notícias.
O único pecado da urgência,
NAQUELE MOMENTO,
era uma forma dúbia de,
TRÊMULOS, comunicarem a invasão,
forçando com a raiva a ânsia
dos velocímetros do combate.
O cerco ainda não estava completo,
mas alguém se esquecera
dos tanques atravessando as pontes
e ficaram todos parados, esperando
serem vencidos em vão. O rosto
da amada desaparecera de minha lembrança
COMPLETAMENTE
enquanto rastejávamos armados
em busca da objetividade
(PERDIDA)
da batalha...
K.M.

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