injetava na terra a impotência calculista
de sua raiva, para nunca mais fecundá-la.
Mais livre, agora, o Cowboy Solitário
perguntava-se se era agora cúmplice
de um fascínora. Mas o Cowboy
era apenas um cavalo treinado,
que desamarrava Susan
de um mau casamento
com os dentes, só para
continuar espiando-a no banho.
Batia um poema inteiro
lá dentro, à ''máquina'',
fazendo chover no progresso de sua obra.
O trânsito dos pontos erógenos
recebia aquelas frutas de sêmen represado
no balcão da prórpia carne, com
rixas de prontidão entre seres amados
sem vontade de perdoar uns aos outros.
Enquanto os negócios nacionais prosperavam
à meias, a terra enchia-se de estranhos arsenais.
A hegemonia interna de Roma
queria envernizar tudo por dentro
e infernizar tudo por fora
da palavra ''Estado''. O Ocidente
jactava-se da lei de ''chegar junto'',
capengando pelo seu próprio ''muito'',
quando seus poucos bagos
eram disputados em algum calabouço
da OMC. Morto pela paz e pela guerra
que, para destruí-lo, não precisava mais
nem estourar... O General-Comandante,
no entanto, estava obsecado
por uma IDÉIA FIXA:
atravessar ileso as eleições legislativas,
reunindo todos os seus alvos
em um céu de precisão infalível,
de onde os inimigos do Poder
cairiam um a um, como patos.
Queria transformar toda a Oposição
numa multiplicidade que ele mesmo,
de roupão em casa após o expediente,
partiria em pedaços fáceis de controlar...
''Nem que seja pelo ESPÍRITO'', ele dizia
''esse mero GÁS que retorna à MATÉRIA
algemado pela polícia de imigração,
sintetizando as moças que deseja
com a racionalidade técnica do Mercado
ou pela intuição imediata, mística,
do sonho lúcido, necessário à realidade da LUZ.
Ou mesmo pelo ACASO da praia, rastreando
nos alarmes que circundam o cárcere
a CARNE potencializada pela VONTADE DE VIOLAR.
Ou na masturbação tântrica do banho,
cuja dança adensa a quantidade de sangue
nas extremidades dos nervos, liberando a carne
pelo MAL na POESIA aunciada na TV.
Ou mesmo pelo BEM puramente metafísico de JESUS,
cujo heroísmo condensa na prata o laudo policial rotineiro.
Pelas fêmeas dispersas na multidão ululante,
CLICK, boas lembranças para editar
e assistir à seco na LUZ ASTRAL,
mudando suas pernas de lugar
de acordo com a velocidade do feed-back.
K.M.
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