A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Em 2017, o volume de exportações brasileiras à China alcançou a cifra de US$ 50 bilhões, enquanto que as importações do país asiático ficaram num montante de US$ 28 bilhões, resultando num superávit comercial do Brasil em cerca de US$ 32 bilhões. O produto mais exportado aos chineses é a soja triturada, seguidos de minério de ferro, petróleo em bruto e celulose; a soja representa 48% das exportações brasileiras ao país asiático. Por outro lado, importamos produtos manufaturados, como circuitos impressos, peças de telefonia, partes de aparelhos receptores e transmissores. Depois dos chineses, os estadunidenses são os nossos principais compradores, sendo que em 2017, o nosso volume de exportações foi de US$ 26 bilhões. Ademais, o peso dos chineses dentro da nossa pauta de exportações supera inclusive a de blocos econômicos inteiros, como a União Europeia e o Mercosul. Em relação à primeira, o total de exportações brasileiras no ano de 2017 foi de US$ 35 bilhões; em relação ao Mercosul, no mesmo ano os brasileiros exportaram cerca de US$ 22 bilhões. Por curiosidade, no ano passado, os países que compõem a União Europeia foram os responsáveis pela maior parcela das nossas importações, seguidos pelos chineses e estadunidenses.
O crescimento das exportações brasileiras à China é um alívio para os empresários do Brasil, visto que houve uma queda do volume de vendas internacionais desde 2013, quando se iniciou a crise econômica, quando as exportações brasileiras atingiram US$ 49 bilhões, e nos três anos seguintes caíram para US$37 bilhões.
Até junho de 2018, último mês que o MDIC computou os dados de exportação e importação, o Brasil possuía um superávit comercial de US$ 15 bilhões com os chineses, sendo que no primeiro semestre deste ano o total de exportações e importações com a China foram de US$ 30 bilhões e US$ 15 bilhões, respectivamente. Os dados econômicos indicam que novamente o Brasil deverá obter um saldo positivo na sua balança comercial com os chineses, e as expectativas de comércio bilateral entre Brasil e China são promissoras, visto à guerra comercial entre chineses e estadunidenses, podendo abrir mais mercado para os produtos exportados pelo Brasil.
Por Victor Fumoto, diretamente de Indaiatuba, SP, Brasil
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