Iniciando um novo livro... com restos refeitos.
TÍTULO
FOLHEANDO O I CHING NA ESCOLA DA SUSPEITA
(poemas, reflexões e citações)
(poemas, reflexões e citações)
Epígrafe
Todo o atracar, todo o largar de navio,
É – sinto-o em mim como o meu sangue –
Inconscientemente simbólico, terrivelmente
Ameaçador de significações metafísicas
Que perturbam em mim quem eu fui…
É – sinto-o em mim como o meu sangue –
Inconscientemente simbólico, terrivelmente
Ameaçador de significações metafísicas
Que perturbam em mim quem eu fui…
FERNANDO PESSOA
ALVARO DE CAMPOS
.
ALVARO DE CAMPOS
.
A FESTA DA DEMOCRACIA
Segundo o Hexagrama 56, do I Ching
Segundo o Hexagrama 56, do I Ching
Deus não é simples, Ó iludidos!,
sua plenitude é obscura e complexa,
e arrepiada sobre a Avenida,
espalha ainda mais escuridão
sobre as várzeas eleitorais
e sua colônia de girinos: os votos.
HEXAGRAMA 56: VIAJANDO PELO EXÍLIO.
JULGAMENTO: “VIAJANDO PELO EXÍLIO
exerce-se pouca influência, [mas] a
insistência do viajante é benéfica.”
Marlrouboros, em carreiras de fumaça,
minando a mente de milhões de eleitores
babacas: pouco ou nenhum apoio, ou influência
caracterizam a atuação da pessoa: com o esnobismo
de sua erudição, e o bom gosto dos maiores poetas
enroscando-os em seus tentáculos polifônicos, O POETA
estruma a realidade social na velocidade do noticiário.
O poeta não pertence àquele contexto, e nada ali
lhe pertence, exceto ele mesmo e sua obra.
Solidez e tranquilidade internas, aliadas a um
estado alerta de percepção do mundo, e energia para agir
conforme as possibilidades, são os requisitos necessários.
Atravessar este momento sem se deixar desestruturar por
quaisquer excessos, no seu arrastar-se para o Alto.
Lúcifer interpela os candidatos, garrotes cujos cupins
já ninguém vê balançando no curral eleitoral ---
o que faz parte D´Ele, a sua bagagem pessoal - suas
habilidades diabólicas, suas memórias ancestrais
dos Abismos, seus anseios de redenção, seu
carisma de esfinge, são extensões de ''coisas''
que não ousam revelar-se: esses cupins,
que são a vaidade de todo boi-político,
estão cheios de colesterol assassino.
Resumindo: o hexagrama 56 mostra o transitório, o
precário e, de certo modo, o desarmônico da situação.
Pode tanto ser uma situação passageira, de viagem ou
de busca, como a própria situação vital da pessoa.
Yi Jing, o oráculo chinês interpretado:
“Sobre a montanha há fogo: a imagem de VIAJAR PELO
EXÍLIO''. Por isso o sábio é claro e cauteloso
ao aplicar castigos, e não paralisa os processos.”
O Grande Alquimista adverte então:
''Essa massa de homens-partidos,
de candidatos à homens, são as chagas
na língua do mundo, no enlaçado fícus
da matéria, que ainda insiste em locupletar-se
com a abortada obra de Deus. À leste,
estão os ''brujos'', apartados da cena,
fantasmas chegando para conversar...
COM QUEM VOTA? Absolutamente:
A situação é transitória, a pessoa é passageira e o
seu voto não vale lá muita coisa: reconhecendo
a transitoriedade precária de sua condição,
a pessoa torna-se muito escrupulosa ao ter de punir
ou criticar alguém (ou até a si mesma), e não se detém
em disputas, litígios, questões controversas,
mas procura fazer com que se resolvam rapidamente,
para libertar-se dos entraves e SEGUIR ADIANTE.
De longe, o ambiente transpira ruína civilizacional,
espectros de mofa interior, conspiração e escárnio,
mas tudo em luxuosa moldura televisiva.
A ''FESTA DA DEMOCRACIA'', são estas
modestas tentativas de ''exercer cidadania'',
de EXERCER-SE com o que resta da realidade.
Mas esgalham-se rapidamente em dúvidas
e sombras de maldição e arrependimento,
aproximando-se umas das outras,
as pessoas trocam silêncios mortificantes
que anunciam a verdade de nosso futuro.
LINHA (6) : “Viajando pelo exílio frivolamente:
desta forma a pessoa só colherá desgraças.”
Esta linha mostra-a que avança por avançar,
sem saber bem por que nem para que.
Agir desse modo, sem motivação verdadeira,
é muito ruim para a pessoa, pois a faz perder
a vontade e a determinação que a levaram à ação,
e ela cai numa confusão indecisa. Seria preferível,
a pessoa ficar onde já está: no lugar, no ponto, na casa,
no cargo, na relação amorosa, etc. onde já se encontra.
Riachos de verba pública fluindo em virtualidades demiúrgicas,
sublimando as cabeças ''sub-júdice '' dos candidatos
como átomos numa molécula de (testa de) ferro.
O comportamento político é incerto, na Demo-
Cracia (transitório em larga escala, da vitória
nas urnas, até o ímpeto que os levará
ao desvio final, numa luta livre de caráteres,
fria e volátil, por uma sequência de empates
técnicos com a Justiça, que vetem aqueles que
as querem ver de ''mais perto''... CEGAMENTE).
Ziyou disse: ''Se alguém chega ao ponto
de manifestar AFLIÇÃO, isso JÁ BASTA''.
Antes da unificação da China, os confucianos
tinham fama de especialistas nos Ritos
e muitos ganhavam a vida oferecendo ''consultorias''
sobre a Tradição. ''Nem sempre a dependência é um mal''
(diz ainda a LINHA 6) ''e a independência, um bem''.
Neste caso, para esta pessoa, parece que é preferível
manter os laços atuais, pelo menos até que esteja mais madura
ou mais segura para procurar outra coisa, ou até mesmo
para prosseguir sozinha. Ziyou lembra ainda
que o propósito dos Ritos é educar e regular
as emoções humanas. Mas a lição não foi
muito bem recebida... Uma vez eleitos, os políticos
acomodam-se ao espelho público, e lutam
liliputeanamente agarrados ao tronco das nomeações.
E Zhu Xí dá a entender também que a cerimônia
é fundamental para o Rito prevalecer
sobre o vociferante fantasma do eu. O político,
chega a falsear completamente
seu compromisso com o eleitor,
sobrepondo camadas de exceção
às regras de atração que o elegeram.
Então, contrata assessores para preveni-lo
daquelas estranhas forças que, com
UNHAS e DENTES, sonham agora em destruí-lo,
assombrando sua cartola mágica, com reportagens
sobre ''vôos de emergência'', carregados com ''malas de dinheiro''
em muitas rotas de fuga rápidas, psicografadas por aliados
expulsos das altas finanças oficiais
para Paraísos Fiscais onde ainda podem
ter conta. E se quiserem entender mais da morte
da Democracia, procurem-me na Internet, OU
incomodem o corumbático Aristóteles, OU
o ''poeticida '' Platão, que nos chamou de
''almas de SEXTA categoria'', OU OU OU
consulte os místicos pelados da Nova Era
em busca de alguma droga da floresta
que vos ensine a conviver com isso
sem serem amaldiçoados por Deus.
sua plenitude é obscura e complexa,
e arrepiada sobre a Avenida,
espalha ainda mais escuridão
sobre as várzeas eleitorais
e sua colônia de girinos: os votos.
HEXAGRAMA 56: VIAJANDO PELO EXÍLIO.
JULGAMENTO: “VIAJANDO PELO EXÍLIO
exerce-se pouca influência, [mas] a
insistência do viajante é benéfica.”
Marlrouboros, em carreiras de fumaça,
minando a mente de milhões de eleitores
babacas: pouco ou nenhum apoio, ou influência
caracterizam a atuação da pessoa: com o esnobismo
de sua erudição, e o bom gosto dos maiores poetas
enroscando-os em seus tentáculos polifônicos, O POETA
estruma a realidade social na velocidade do noticiário.
O poeta não pertence àquele contexto, e nada ali
lhe pertence, exceto ele mesmo e sua obra.
Solidez e tranquilidade internas, aliadas a um
estado alerta de percepção do mundo, e energia para agir
conforme as possibilidades, são os requisitos necessários.
Atravessar este momento sem se deixar desestruturar por
quaisquer excessos, no seu arrastar-se para o Alto.
Lúcifer interpela os candidatos, garrotes cujos cupins
já ninguém vê balançando no curral eleitoral ---
o que faz parte D´Ele, a sua bagagem pessoal - suas
habilidades diabólicas, suas memórias ancestrais
dos Abismos, seus anseios de redenção, seu
carisma de esfinge, são extensões de ''coisas''
que não ousam revelar-se: esses cupins,
que são a vaidade de todo boi-político,
estão cheios de colesterol assassino.
Resumindo: o hexagrama 56 mostra o transitório, o
precário e, de certo modo, o desarmônico da situação.
Pode tanto ser uma situação passageira, de viagem ou
de busca, como a própria situação vital da pessoa.
Yi Jing, o oráculo chinês interpretado:
“Sobre a montanha há fogo: a imagem de VIAJAR PELO
EXÍLIO''. Por isso o sábio é claro e cauteloso
ao aplicar castigos, e não paralisa os processos.”
O Grande Alquimista adverte então:
''Essa massa de homens-partidos,
de candidatos à homens, são as chagas
na língua do mundo, no enlaçado fícus
da matéria, que ainda insiste em locupletar-se
com a abortada obra de Deus. À leste,
estão os ''brujos'', apartados da cena,
fantasmas chegando para conversar...
COM QUEM VOTA? Absolutamente:
A situação é transitória, a pessoa é passageira e o
seu voto não vale lá muita coisa: reconhecendo
a transitoriedade precária de sua condição,
a pessoa torna-se muito escrupulosa ao ter de punir
ou criticar alguém (ou até a si mesma), e não se detém
em disputas, litígios, questões controversas,
mas procura fazer com que se resolvam rapidamente,
para libertar-se dos entraves e SEGUIR ADIANTE.
De longe, o ambiente transpira ruína civilizacional,
espectros de mofa interior, conspiração e escárnio,
mas tudo em luxuosa moldura televisiva.
A ''FESTA DA DEMOCRACIA'', são estas
modestas tentativas de ''exercer cidadania'',
de EXERCER-SE com o que resta da realidade.
Mas esgalham-se rapidamente em dúvidas
e sombras de maldição e arrependimento,
aproximando-se umas das outras,
as pessoas trocam silêncios mortificantes
que anunciam a verdade de nosso futuro.
LINHA (6) : “Viajando pelo exílio frivolamente:
desta forma a pessoa só colherá desgraças.”
Esta linha mostra-a que avança por avançar,
sem saber bem por que nem para que.
Agir desse modo, sem motivação verdadeira,
é muito ruim para a pessoa, pois a faz perder
a vontade e a determinação que a levaram à ação,
e ela cai numa confusão indecisa. Seria preferível,
a pessoa ficar onde já está: no lugar, no ponto, na casa,
no cargo, na relação amorosa, etc. onde já se encontra.
Riachos de verba pública fluindo em virtualidades demiúrgicas,
sublimando as cabeças ''sub-júdice '' dos candidatos
como átomos numa molécula de (testa de) ferro.
O comportamento político é incerto, na Demo-
Cracia (transitório em larga escala, da vitória
nas urnas, até o ímpeto que os levará
ao desvio final, numa luta livre de caráteres,
fria e volátil, por uma sequência de empates
técnicos com a Justiça, que vetem aqueles que
as querem ver de ''mais perto''... CEGAMENTE).
Ziyou disse: ''Se alguém chega ao ponto
de manifestar AFLIÇÃO, isso JÁ BASTA''.
Antes da unificação da China, os confucianos
tinham fama de especialistas nos Ritos
e muitos ganhavam a vida oferecendo ''consultorias''
sobre a Tradição. ''Nem sempre a dependência é um mal''
(diz ainda a LINHA 6) ''e a independência, um bem''.
Neste caso, para esta pessoa, parece que é preferível
manter os laços atuais, pelo menos até que esteja mais madura
ou mais segura para procurar outra coisa, ou até mesmo
para prosseguir sozinha. Ziyou lembra ainda
que o propósito dos Ritos é educar e regular
as emoções humanas. Mas a lição não foi
muito bem recebida... Uma vez eleitos, os políticos
acomodam-se ao espelho público, e lutam
liliputeanamente agarrados ao tronco das nomeações.
E Zhu Xí dá a entender também que a cerimônia
é fundamental para o Rito prevalecer
sobre o vociferante fantasma do eu. O político,
chega a falsear completamente
seu compromisso com o eleitor,
sobrepondo camadas de exceção
às regras de atração que o elegeram.
Então, contrata assessores para preveni-lo
daquelas estranhas forças que, com
UNHAS e DENTES, sonham agora em destruí-lo,
assombrando sua cartola mágica, com reportagens
sobre ''vôos de emergência'', carregados com ''malas de dinheiro''
em muitas rotas de fuga rápidas, psicografadas por aliados
expulsos das altas finanças oficiais
para Paraísos Fiscais onde ainda podem
ter conta. E se quiserem entender mais da morte
da Democracia, procurem-me na Internet, OU
incomodem o corumbático Aristóteles, OU
o ''poeticida '' Platão, que nos chamou de
''almas de SEXTA categoria'', OU OU OU
consulte os místicos pelados da Nova Era
em busca de alguma droga da floresta
que vos ensine a conviver com isso
sem serem amaldiçoados por Deus.
K.M.
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