domingo, 11 de novembro de 2018
Bildungsroman: O protagonista...
Em outras palavras, a origem do conceito de Bildung (Formação) remete a concepção do homem como imagem da divindade. Contudo, ao cometer o pecado original, o homem perdeu essa imagem divina original e só pode reconquistá-la transformando-se a si mesmo. Busca-se essa transformação através da reconquista daquela imagem original perdida, que tornaria possível, assim, a reconciliação do homem com a divindade. Os críticos alemães Jürgen Jacobs e Markus Krause procuram sintetizar as características fundamentais que tornam um romance um típico Bildungsroman: O protagonista deve ter uma consciência de certa forma explícita de que ele próprio não percorre uma seqüência de aventuras mais ou menos aleatórias, mas sim um processo de autodescobrimento e de orientação no mundo. Com isso, via de regra, a imagem que o protagonista tem da meta de sua trajetória de vida é determinada por enganos e avaliações equivocadas, devendo ser corrigidas apenas no transcorrer de seu desenvolvimento. Ele tem como experiências típicas: o abandono da casa paterna, a atuação de mentores e de instituições acadêmicas, o encontro com a esfera da arte, confissões intelectuais eróticas, experiência profissional e também, eventualmente, contato com a vida política. Na plasmação e na valorização dessesmotivos, os romances diferem extraordinariamente. Contudo, através da orientação para um final harmonioso, eles recebem necessariamente uma estrutura teleológica. (JACOBS & KRAUSE 1989: 37)3
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