Em algum ponto nas profundezas dos andares da pousada, um ventilador girava. Começavam com alguma reação intensificada pelo silêncio que nascia de mim. Olhei para o espelho, procurando ainda uma vez o enigma do meu rosto. Era verdade, era exatamente a verdade que se descobre dobrando uma esquina e colidindo consigo mesmo. Meu cabelo estava vivo e escorrendo energia como se estivesse debaixo de um chuveiro. Meus olhos pareciam um espelho levantado entre o oceano e o céu. Um momento de curiosidade surgiu em mim e olhei profundamente admirado para ela. Seus olhos pareciam buracos de fechadura que davam para um palácio.
K.M.
K.M.
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