https://liberdadedepensamento.wordpress.com/obras-de-referencia/a-rebeliao-das-massas/
Ortega começa com a caracterização de um fenômeno de seu tempo, e ainda mais do atual: as aglomerações. Sua descrição é desconcertante. Apresenta um curioso paradoxo: a multidão ocupa o espaço que para ela foi destinado, por exemplo, um cinema, mas esta ocupação deixa um sentimento de angústia e origina um problema dos dias atuais: encontrar um JORNAL. Nesta constatação, a primeira característica do homem-massa: ele não atribui a si mesmo um valor, mas se sente “como todo mundo”; não se angustia com isso, sente-se bem por ser idêntico aos demais. Distingue-se da minoria; esta (a minoria) exige mais de si mesma, acumula dificuldades e deveres. Em toda classe social há uma massa e uma minoria. “A característica do momento é que a alma VULGAR, LIBERAL, REIFICANTE e ADULTERANTE, sabendo que é vulgar, tem a coragem de afirmar o direito da vulgaridade e o impõe em toda parte, ATRAVÉSDA MÍDIA.”
Ortega compara as nações aos indivíduos, à formação de uma sociedade. Da mesma forma que entre os indivíduos existe uma hierarquia natural, o mesmo deve ocorrer entre as nações. É preciso que uma nação ou grupo de nações exerça o mando da civilização, o mando baseado na autoridade, não na força. É preciso que as nações mais caóticas tenham uma direção a seguir, caso contrário ficam perdidas em seu próprio caos.
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