Vai pelo cais fora um bulício de chegada próxima, Começam chegando os primitivos da espera, Já ao longe o paquete de África se avoluma e esclarece.
Vim aqui para não esperar ninguém, Para ver os outros esperar, Para ser os outros todos a esperar, Para ser a esperança de todos os outros.
Trago um grande cansaço de ser tanta coisa. Chegam os retardatários do princípio, E de repente impaciento-me de esperar, de existir, de ser, Vou-me embora brusco e notável ao porteiro que me fita muito mas rapidamente.
Regresso à cidade como à liberdade.
Vale a pena sentir para ao menos deixar de sentir. |
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