Michael Schumacher (Pronuncia Alemã: Loudspeaker.svg? ˈmɪçaʔeːl ˈʃuːmaχɐ; ) (Hürth-Hermülheim, 3 de Janeiro de 1969) é um ex-automobilista alemão, sete vezes campeão da principal categoria do automobilismo, detém inúmeros recordes, incluindo voltas mais rápidas, maior número de campeonatos, vitórias, pole positions, pontos marcados e mais corridas ganhas em uma única temporada - 2004. Em 2002 ele se tornou o único piloto na história da F1 a terminar entre os três primeiros em todas as corridas em um mesmo campeonato. Estatisticamente Michael Schumacher ocupa lugar especial acima de lendas como Juan Manuel Fangio, Jim Clark, Jackie Stewart, Alain Prost, Ayrton Senna e Niki Lauda.
Após três temporadas afastado da categoria que o consagrou, Schumacher retornou defendendo a Mercedes na temporada de 2010.[1]
Fora das pistas, Schumacher foi embaixador da UNESCO e orador para a segurança do motorista. Ele esteve envolvido em inúmeros esforços humanitários ao longo de sua vida e doou dezenas de milhões de dólares para a caridade. Michael e seu irmão Ralf Schumacher, são os únicos irmãos a vencer corridas na Fórmula 1, e eles foram os primeiros irmãos 1° e 2° lugar na mesma corrida, em Montreal em 2001 e novamente em 2003.
O iníciO
Com apenas quatro anos, Schumacher ganhou seu primeiro kart, na pequena cidade de Kerpen, na Alemanha, onde seu pai administrava o kartódromo da cidade e onde o piloto começou a carreira. Apesar de sonhar em ser jogador de futebol, começou a competir com quatorze anos, iniciando sua carreira profissional aos vinte e dois anos.
Fórmulas König, Ford e F3
Em 1987, Schumacher iniciou sua carreira em monopostos na Fórmula König. Nesta época, recebia investimento de dezesseis mil marcos alemães por corrida, de Jürgen Dilk. Acabou campeão da categoria. Em 1988, disputou a Fórmula Ford e foi vice-campeão. Passou para a Fórmula 3, tendo Willi Weber como seu novo empresário. Em 1989, termina em terceiro no campeonato, e no ano seguinte conquista seu segundo título de categorias "de base".[2]
Após anos de competições, em 1990, Michael foi escolhido em um programa de formação de jovenpilotos promissores financiado pela Mercedes-Benz. Teve como companheiros o alemão Heinz-Harald Frentzen e o austríaco Karl Wendlinger. Terminou o campeonato em
No final do ano, para aprimorar seu ritmo de corrida, a montadora decidiu dar-lhe um carro para o encerramento da temporada do DTM, em Hockenheim. Carro oficial, de fábrica, número 65. Mercedes-Benz 190 E 2.5/16 Evo 2, vencedor de cinco corridas no ano. Mesmo com o equipamento competitivo, Schumacher conseguiu só o 15º tempo nos treinos, quase 5s atrás do pole, Jelinski, da Audi.
A corrida do jovem piloto durou apenas uma curva, mas uma curva que mudou a história daquela temporada. Michael bateu na traseira do BMW de Johnny Cecotto, líder do campeonato, que brigava pelo título com Hans Von Stuck. Com o abandono do venezuelano, Stuck venceu as duas provas, ficando com a taça. Schumacher, com o carro destruído, sequer pôde correr na segunda bateria. E o autódromo, lotado, sequer imaginava que aquele novato atrapalhado seria aclamado anos depois.
Schumacher seguiu com a Mercedes em 1991. Disputou novamente o Mundial de Protótipos, vencendo uma corrida em Autópolis, no Japão. No meio do ano, mais uma oportunidade para correr no DTM. Seria no veloz circuito de rua de Norisring. Schumacher teve uma vez mais um carro oficial de fábrica, da equipe Zakspeed, com o francês Fabien Giroix e o alemão Roland Asch como companheiros. Asch fez a pole e largou na frente na primeira bateria. Schumacher foi apenas 19º no grid, terminando a corrida em 24º. Vitória do dinamarquês Kurt Thiim, da equipe... Mercedes. Com problemas mecânicos, Michael pouco correu na segunda prova do dia 30 de junho de 1991.
Um mês depois, na pista montada no aeroporto de Diepholz, Schumacher voltou a ocupar um Mercedes no Alemão de Turismo. Da mesma equipe Zakspeed, carro número 20. Nos treinos, a mísera 21ª colocação. Pole-position para Jacques Laffite, também da Mercedes. E abandono para Schumy, logo no começo. Na segunda bateria, largando novamente em 21º, uma atuação discreta até o 14ª lugar, posição final.
Os companheiros de Schumacher, Wendlinger e Frentzen, ingressaram na Fórmula 1 por intermédio da Sauber Mercedes, mas a estreia de Schumy seria antecipada.
Participação na Fórmula 3000 Japonesa[editar | editar código-fonte]
Jochen Neerpash permitiu que Schumacher participasse, no verão no hemisfério norte de 1991, da Fórmula 3000 japonesa, a assim chamada Fórmula Nippon, pela Scuderia Suntory Team Le Mans, em um Ralt RT23 - Mugen MF308. Em Sugo, Schumacher fez uma boa corrida, chegando em segundo lugar, atrás do norte americano Ross Cheever.
Fórmula 1
A Era Benetton
Em 1991 o piloto belga Bertrand Gachot foi preso por envolvimento em um acidente de trânsito. Sua equipe, a Jordan, ficou com uma vaga, que Schumacher assumiria no Grande Prêmio da Bélgica. Schumacher foi convidado a disputar a prova e em apenas uma corrida chamou a atenção de Flávio Briatore ao conquistar a sétima posição no classificação. Na largada, ele pula para a 4ª posição, mas um problema na embreagem faz com o jovem alemão de 22 anos abandonasse a prova de forma prematura, mas o recado foi o suficiente. Briatore despediu o piloto brasileiro Roberto Pupo Moreno e contratou Schumacher, formando dupla com o tricampeão Nelson Piquet na Benetton a partir do Grande Prêmio da Itália e logo de cara, o alemão termina em 5º lugar e os primeiros 2 pontos na carreira.
Na temporada de 1992, o alemão vence o GP da Bélgica, local que estreou na Fórmula 1 há um ano. É a sua primeira vitória na categoria e com o 2º lugar (6 pontos) no GP da Austrália, Schumacher finaliza o campeonato em 3º lugar e supera Ayrton Senna (abandonou a prova numa colisão com Nigel Mansell) por 3 pontos.[3]
Com apenas a vitória no GP de Portugal, Schumacher termina a temporada de 1993 em 4º com 52 pontos.
Em 1994, conquistou seu primeiro título mundial por apenas um ponto quando, após diversas polêmicas envolvendo as equipes Williams e Benetton, culminando no Grande Prêmio da Austrália, onde colidiu seu carro contra o de Damon Hill, numa controversa manobra. Neste mesmo ano, Schumacher havia sido banido por duas corridas. A FIA, no entanto, foi acusada pela equipe Benetton de favorecer a Williams, tentando tornar a temporada mais competitiva. Ainda assim, é campeão pela primeira vez e a equipe Benetton consegue também estrear um piloto campeão, apesar de falhar com o título de construtores.
Mas a suspeita de irregularidades em várias equipes relativas a presença de ajuda eletrônica foi indicada após investigação envolvendo Ferrari, McLaren e Benetton. Nos treinos para o GP do Pacífico, em Aida, a Ferrari admitiu ter usado controle de tração em seus dois carros, mas se retratou garantindo que não mais usaria o dispositivo eletrônico. Não houve punição por parte da FIA. Em Ímola (corrida que vitimou Ayrton Senna), a FIA encontrou softwares ilegais nos carros da Benetton e McLaren que inicialmente haviam-se negado a entregar os seus código fonte. No entanto, beneficiando-se de uma brecha no regulamento - que dizia que os dispositivos jamais poderiam ser usados durante os GPs, mas não especificava sobre a possibilidade de existência dos mesmos -, a Benetton não pôde ser formalmente acusada, pois não houve provas de que esses mecanismos (Launch Control- Controle de Tração) tenham sido usados nos eventos oficiais. Já a McLaren, apesar de constatado o uso de um software ilegal durante o GP de San Marino não foi condenada pois a FIA considerou que a equipe acreditava que o dispositivo não era ilegal. Uma posterior investigação estava por ser iniciada quando a FIA descobriu que o técnico contratado tinha vínculos com a Benetton.
A única infração comprovada foi a respeito da bomba de gasolina: no GP da Alemanha, o carro de Jos Verstappen (companheiro de Schumacher na Benetton) foi incendiado: segundo a investigação da FIA, a remoção do filtro de segurança aumentava a fluência da gasolina para mais de 13 litros por segundo, ganhando 1 segundo em média por parada—suspeita-se que a Benetton e Schumacher obtiveram vantagens através deste artifício naquele ano em corridas anteriores ao GP da Alemanha, inclusive o GP do Brasil, quando superou Senna nos boxes. Na audiência da World Motor Sport Council, que julgou a questão da ausência do filtro de combustível foi elucidado, entre outras questões, que o time Benetton recebeu uma carta enviada pelo fabricante (Intertechnique) da bomba de combustível instruindo a remover o filtro de combustível. A Benetton ainda afirmou que Charlie Whiting, chefe do departamento técnico da Fórmula 1, havia autorizado a retirada do filtro de combustível, apesar de não ter sido apresentada nenhuma autorização por escrito pela equipe. Também concluiu-se que outras quatro equipes, cujos nomes não foram citados, estavam operando sem o filtro de combustível. A FIA decidiu não punir a Benetton e as demais equipes envolvidas desde que o filtro não fosse mais removido.
Ainda houve outras punições impostas a Schumacher nesta temporada.
No GP da Grã-Bretanha, casa de seu adversário, foi punido com um "stop and go" de 5 segundos por ultrapassagem em volta de apresentação. Schumacher daria 7 voltas na pista sem entrar nos boxes, o que motivou sua posterior desclassificação. Mesmo assim, Schumacher não abandonou o GP, cumprindo o stop&go nas voltas finais: a ideia de Flavio Briatore era que Schumacher, com tal punição, conseguisse o segundo lugar, mas o piloto perderia os pontos.
Esta decisão sofreu apelação pela equipe Benetton e foi anulada ainda durante a corrida, mas, apesar de anulada, acarretou nova punição inédita: banimento por duas corridas devido a desrespeito à bandeira preta. Um fato que coincidiria com as suspeitas dos dispositivos eletrônicos foi que a Benetton decidiu usar o carro reserva em ambas as etapas.
Nova polêmica foi no GP da Bélgica: uma surpreendente punição com desclassificação por possuir o assoalho do carro com desgaste um milímetro superior à margem de tolerância permitida no regulamento. A Benetton alegou que uma rodada de Schumacher e subseqüente passagem em caixa de britas durante a corrida teria alterado a medida. A FIA não aceitou as explicações e manteve a punição.
Apesar das várias punições polêmicas e da guerra entre Benetton e FIA, pela primeira vez na história um piloto alemão foi consagrado campeão da Formula 1, e surpreendentemente com os motores Ford Zetec (algo que parecia impossível desde 1982 e que continua a ser nas temporadas atuais).
Em 1995, o piloto continua na equipe Benetton, agora equipada com motores Renault mais potentes do que no ano anterior, e sagra-se bicampeão mundial com relativa facilidade, mesmo que o carro tenha tido alguns problemas de estabilidade durante a temporada. Este ano foi marcado pela espetacular vitória no GP da Bélgica, em que largara na 16ª posição. Sua equipe torna-se campeã de construtores.
A era Ferrari
1996 a 1999
Em 1996 o alemão transfere-se para a Ferrari, com a meta de quebrar o jejum da tradicional equipe: nenhum piloto havia sido campeão pilotando uma Ferrari nos quinze anos anteriores: depois do título de 1979, os melhores resultados foram os vice-campeonatos de 1982,1985 e 1990. Entre os construtores, a equipe não terminava em primeiro desde 1983. Porém, a equipe vinha em franca ascensão: depois de passar três anos (entre 1991 e 1993) sem vencer uma corrida, a Ferrari, que havia contratado Jean Todt, foi a única marca fora Benetton e Williams a vencer GPs em 1994 e 1995.
Schumacher levou toda sua equipe técnica da Benetton (liderados pelo estrategista Ross Brawn). Em sua primeira corrida pela equipe italiana (Austrália), largou em quarto (atrás de seu companheiro, Eddie Irvine) e abandonou após trinta e duas voltas, devido a problemas em seus freios. Na corrida seguinte (Brasil), voltou a largar em quarto e, após um duelo com Rubens Barrichello, conquistou seu primeiro pódio pela Ferrari, ao completar a prova de Interlagos em terceiro. Na terceira etapa (Argentina), largou na primeira fila (segundo, ao lado de Damon Hill, o pole), mas não completou a prova devido a um problema no aerofólio traseiro. Na quarta etapa (Europa), largou em terceiro e chegou em segundo, colocação final que repetiu na etapa seguinte (San Marino, onde conquistou sua primeira pole pela Ferrari).
Em Mônaco, cravou nova pole-position, mas bateu ainda na primeira volta (nesta prova, apenas quatro carros chegaram ao fim, e o vencedor foi o francês Olivier Panis, com um Ligier). Finalmente, na sétima etapa (Espanha), em 2 de Junho de 1996, o alemão conquistou sua primeira vitória pela Ferrari, após largar em terceiro e dar um show de pilotagem debaixo de forte chuva. No restante da temporada, Michael conseguiu mais duas vitórias (Bélgica e Itália), somando, ao final da temporada, 59 pontos e finalizando o certame na terceira colocação, atrás somente dos pilotos da Williams, Damon Hill (campeão, 97 pontos) e Jacques Villeneuve (vice-campeão, 78 pontos).
O campeonato de 1997 foi problemático para Schumacher que enfrentou forte concorrência da Williams. Na última corrida do ano, ele jogou seu carro contra o de Jacques Villeneuve, tentando tirar seu rival da competição, mas falhou e perdeu a corrida. A FIA classificou a manobra do alemão como atitude antidesportiva e retirou-lhe o vice-campeonato (mas os pontos conquistados na temporada foram mantidos).[4] No final, Villeneuve ficou com o título.
Schumacher foi vice-campeão em 1998 e viu o piloto finlandês Mika Hakkinen, da McLaren, sagrar-se campeão mundial de Fórmula 1 pela primeira vez. A temporada, no entanto, foi disputada até a última etapa, e poderia ter dado o tricampeonato para Schumacher se David Coulthard, no Bélgica, não houvesse atirado com o alemão para fora de prova quando estava a ser dobrado, num grande prêmio disputado sobre um enorme dilúvio. Anos mais tarde, em 2003, após acidente semelhante envolvendo Fernando Alonso e David Coulthard, desta vez como vítima, o piloto escocês insinuou que causara o acidente de Spa intencionalmente, dando assim o título de pilotos ao companheiro de equipe.
Em 1999, o piloto acidentou-se durante a primeira volta após a primeira largada do Grã-Bretanha, quando as rodas dianteiras travaram, impedindo o controle do carro que bateu violentamente no muro protegido por pneus. Schumacher fraturou a perna direita e ficou de fora de sete corridas, tendo perdido de forma irremediável o campeonato. Nessas sete corridas foi substituído pelo finlandês Mika Salo. Outro finlandês, Mika Hakkinen, sagrou-se bicampeão. O companheiro de Schumacher, o piloto norte-irlandês Eddie Irvine foi vice-campeão. Contudo Schumacher regressou a tempo das duas últimas corridas e ajudou a Ferrari a sagrar-se campeã de construtores após dezesseis anos sem títulos.
2000 a 2004
Entre os anos de 2000 e 2004 ganhou cinco títulos consecutivamente, feito nunca obtido antes, nem mesmo por Juan Manuel Fangio. E de 1999 a 2004, sua equipe conquistou seis títulos consecutivos de construtores, um feito também inédito, graças em grande parte aos esforços de Michael Schumacher e sua equipe, Ross Brawn, Aldo Costa, Jean Todt, Rory Byrne, Rubens Barrichello e vários outros.
Nesse período, de 2002 a 2004, Schumacher ganha os campeonatos, conquistando diversos recordes, muitos deles inéditos. Em 2002, houve uma polêmica corrida da Áustria, em que a Ferrari obrigou Rubens Barrichello, seu então companheiro de equipe, a entregar a vitória a Schumacher. Rubinho o fez após a última curva, antes da linha de chegada. Apesar de ter sido feito por diversas vezes na história da categoria, o jogo de equipe, neste caso provocou uma intensa vaia no pódio, justificados pelo campeonato ainda em seu início e pela proximidade com a bandeirada final, fato que se fez sentir ainda mais quando Schumacher, envergonhado, trocou de lugar no pódio com Barrichello. Em 2003 ele ganhou o campeonato na última corrida do ano por apenas dois pontos, tendo tido grandes dificuldades contra a nova geração de pilotos que estava surgindo na F1: Kimi Raikkonen, Juan Pablo Montoya e Fernando Alonso.
2005 e 2006
Em 2005 Schumacher vence uma corrida, o Grande Prêmio dos Estados Unidos, disputado por apenas seis carros, após todos os carros equipados com pneus Michelin terem abandonado a corrida já que seus pneus não ofereciam garantias de segurança na curva que antecede a reta da meta. Com um carro problemático, em função da nova regra de pneus, termina a temporada na terceira colocação, atrás do espanhol Fernando Alonso (campeão) e do finlandês Kimi Räikkönen (vice).
Em 2006 perdeu seu derradeiro campeonato para Fernando Alonso, numa disputa acirrada com o espanhol, que mostrou que assim como Schumacher era um piloto muito rápido, constante e com raros erros naquela temporada. Superou a marca de pole positions de Senna e protagonizou, no Grande Prêmio de Mônaco, mais um acontecimento polêmico em sua carreira. Michael Schumacher parou sua Ferrari na saída da curva "Rascasse", provocando uma bandeira amarela no local e prejudicando teoricamente a volta de seu principal adversário, o espanhol Fernando Alonso. Apesar de conquistar a pole-position, os comissários decidiram, após quase oito horas de reunião e análise, que ele deveria ser punido, largando da última posição. Esta Punição foi rebatida pelo chefe de equipe Jean Todt que alegou ter sido imposta sem qualquer evidencia real e apesar da telemetria do seu carro mostrar claramente que ele havia feito aquilo aquilo de propósito. Na prova de Mônaco de 2007 este mesmo incidente gerou nova discussão após o também piloto da Ferrari, Kimi Raikkonen, ter ficado preso no mesmo ponto do circuito, ainda que neste caso o carro tinha sido danificado na curva anterior. Apesar da punição, no dia seguinte conseguiria acabar a corrida em quinto lugar em uma de suas mais impressionantes performances. Sua última corrida foi no Grande Prêmio do Brasil, realizado em Interlagos, São Paulo, em 22 de Outubro de 2006. Apesar de ter tido vários problemas com sua Ferrari, o alemão fez questão de brindar todos os fãs de Fórmula 1 com uma das suas mais inesquecíveis corridas, realizando uma série de brilhantes ultrapassagens que o levaram a um quarto lugar final. Michael Schumacher se aposentou da Fórmula 1 conquistando praticamente todos os mais importantes recordes da categoria.
O ano de 2006 foi a última temporada de Schumacher, e foi, segundo muitos especialistas, uma de suas melhores temporadas. Tanto ele como Alonso tiveram problemas mecânicos durante o campeonato, e a vantagem em desempenho do carro Renault no início de 2006 foi revertida em favor da Ferrari após polemicamente a FIA banir os amortecedores de massa utilizados pela Renault. No final ambos tiveram equipamento relativamente equilibrado para disputar o campeonato que só foi decidido em Interlagos.
Após a Fórmula 1
2007
Recebeu o Prêmio Príncipe das Astúrias, concedido pela Fundación Príncipe de Asturias, na cidade de Oviedo, na Espanha.
Em novembro, participou dos treinos pós-temporada na Espanha, pilotando o modelo utilizado pela Ferrari em 2007 (F2007), que deu o título de pilotos ao finlandês Kimi Raikkonen.
Também em novembro veio ao Brasil participar do "Desafio das Estrelas" de Kart, realizado no Kartódromo dos ingleses, em Florianópolis. Sagrou-se campeão geral, fazendo o melhor tempo da competição, e vencendo a primeira das duas baterias disputadas. Na segunda bateria, após inversão das posições, largando em oitavo por ter sido vencedor da primeira bateria, chegou a disputar a liderança, porém envolveu-se em um toque com o então líder da corrida, Thiago Camilo (piloto da Stock Car), perdendo posições e chegando em sexto. Disputaram com ele diversos pilotos de várias categorias, entre eles Nelsinho Piquet, Felipe Massa, Rubens Barrichello, Luciano Burti, Lucas Di Grassi e outros pilotos brasileiros de renome.
2008
Schumacher volta a participar do Desafio Internacional das Estrelas, mas não consegue obter a vitória como no ano anterior. Na primeira bateria, largando em quarto lugar, perde posições na largada, e volta a se recuperar durante a prova, mas comete um erro e perde o controle ao passar por uma zebra, logo após ultrapassar Rubens Barrichello e assumir a segunda posição. Após rodar, tem seu kart atingido e a carenagem danificada. A prova acabou sendo encerrada antes do tempo por causa da chuva, com a vitória de Barrichello e Michael finalizando em quarto lugar.
Na segunda bateria Schumacher abandonou a corrida, por problemas no seu kart. Felipe Massa, seu ex-companheiro de Ferrari, venceu a prova. O campeão do evento acabou sendo Barrichello pela somatória dos resultados.
2009
Após acidente com o piloto Felipe Massa, durante o treino classificatório para o Grande Prémio da Hungria, em que foi atingido na cabeça por uma mola que escapou do carro de Rubens Barrichello[5], Michael Schumacher chegou a ser anunciado como substituto enquanto o piloto brasileiro estivesse afastado. Ainda no hospital, Felipe Massa aceitou bem a decisão da substituição temporária por Schumacher.[6] Porém com fortes dores no pescoço causadas por um acidente de moto em fevereiro e sem poder testar o Ferrari F60, Schumacher desistiu de voltar a F1. O substituto inicial de Felipe Massa foi o italiano Luca Badoer,[7] mas Giancarlo Fisichella assumiu o posto a partir do Grande Prêmio da Itália.
O retorno a Fórmula 1
No dia 23 de dezembro de 2009, a Mercedes GP anunciou na Alemanha o retorno do heptacampeão, aos 41 anos, à Fórmula 1.[8]Michael Schumacher se torna piloto da Mercedes, equipe que surgiu após a compra da vitoriosa Brawn GP, por três temporadas por sete milhões de euros. O veterano corre ao lado do compatriota Nico Rosberg. Michael Schumacher foi o piloto mais experiente do grid até 2012, sendo também o único que correu com os grandes do começo da década de 90, como Ayrton Senna, Alain Prost, Nigel Mansell, Nelson Piquet entre outros. O piloto conseguiu corridas e recuperações históricas, mas não tinha a mesma performance de antes. Até 2012, seus melhores resultados eram quartos lugares. Ele subiu ao pódio pela 155ª e última vez no GP da Europa, numa corrida em que largou na 12ª posição e terminou em 3º lugar.
Mesmo com esse feito, o ano foi o único em que ele não esteve entra os 10 primeiros, tendo disputado ele inteiro, o que não ocorreu em 1991. Ele teve muitos abandonos e, além desse, seu melhor resultado foi um 6 lugar na Itália. Porém, o piloto teve uma boa despedida: um 7 lugar no Brasil, tendo largado 14.
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