sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Endividamento norte-americano



O endividamento das famílias norte-americanas chegou à um recorde de U$13 trilhões no último trimestre de 2017.

Segundo o site schiffgold.com, o endividamento norte-americano (das famílias norte-americanas) chegou à um recorde de U$13 trilhões no último trimestre de 2017. Dividindo-se uniformemente, cada homem, mulher e criança norte-americanos teria uma dívida de cerca de U$40,000.

Acrescente a porção de cada um, o débito do governo dos EUA – U$63,000 – e cada norte-americano, em média, carrega uma dívida que chega aos seis dígitos. Segundo coloca o CEO da U.S. Global Investors, Frank Holmes, o nível de dívida nos EUA é uma “soma vertiginosa”.

É fácil olhar para estes números e subestimá-los pensando, “sim, há uma grande dívida, mas será que isso tão relevante assim? Afinal já se fala nela há anos e nunca pareceu fazer muita diferença.”
Mas a verdade é que toda essa dívida é uma bomba-relógio. A questão é: será que o Banco Central Norte-Americano (Federal Reserve, ou Fed) vai permitir que ela exploda?

O contexto é tudo, como costumam dizer. E o contexto no momento é de taxas de juros em alta. Em fevereiro, algumas empresas aumentaram a taxa-alvo de juros para 3.25. O que ainda é baixo. Mas conforme Peter Schiff apontou em recente podcast, o número se torna muito mais significativo em meio às altas dívidas.

“Acredito que o que Wall Street está dizendo: – Mesmo que as taxas não subam mais, quando se trata da magnitude da dívida que temos, esse dinheiro extra é muito. Isso seré como um buraco na economia, de modo que tenhamos de pagar taxas mais altas à credores internacionais.”

Isso tanto vai impactar o governo, com seu débito de quase U$21 trilhões, como o cidadão comum americano.

De acordo com análise do Goldman Sachs, a despesa federal com juros vai aumentar para 2.3% do PIB em 2021, e pode chegar à 3.5% até 2027. E não esqueça que a maior parte do PIB norte-americano vêm de consumo.

As pessoas não podem consumir tanto quando estão pagando mais a cada mês para sanarem suas dívidas.


Porém, Peter acredita que a situação é ainda mais ameaçadora pois as taxas de juros não vão parar onde estão.

“Mas por que isso aconteceria? Dado o atual endividamento e quanto da dívida será comercializada, o grande aumento de oferta vai acarretar em taxas de juros mais altas que a média histórica. Então 6% ou 7% não me parecem fora de questão.”


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