terça-feira, 11 de junho de 2019

Sociologia de risco: globalizando a modernidade reflexiva

O risco entra no lugar de Deus.
*
O risco tem uma dimensão de experimentação: não se pode teorizar sobre ele, é da ordem da probabilidade.
*
BECK, Ulrich. Sociedade global de risco: na busca da segurança perdida. Publicado em alemão como: Weltrisikogesellschaft: auf der Suche nach der verlorenen Sicherheit. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 200
Ulrich Beck publicou, em 2007, o livro Weltrisikogesellschaft: auf der Suche nach der verlorenen Sicherheit, título que poderia ser traduzido como "Sociedade global de risco: na busca da segurança perdida". No prefácio, o autor explica que tentara traduzir o livro World Risk Society, publicado em 1999, para o alemão. Entretanto, muito havia se passado desde então, e a proposta tradução gerou uma nova obra.
Infelizmente, nenhuma destas duas obras foram traduzidas para o português, tampouco sua obra clássica, Risikogesellschaft (A sociedade de risco), que já foi traduzida para mais de 30 línguas. Sobre sociologia do risco do autor, há em português uma obra que reúne seu diálogo com Anthony Giddens e Scott Lash, A modernização reflexiva (São Paulo: EdUnesp, 1997). Esta resenha pretende trazer um pouco dos argumentos recentes da sociologia de risco de Ulrich Beck para o debate brasileiro sobre risco.
De 1999 até 2007, acontecimentos como ataques terroristas, crises financeiras internacionais, debates sobre pesquisas com embriões e a mudança climática na agenda internacional instigaram o autor a tratá-los como encenações de riscos globais e como elementos do que ele considera uma sociedade global de risco. Seu objetivo nesta obra é conceituar e analisar esta sociedade. Na introdução, ele realiza três passos conceituais no que tange a: risco, sociedade de risco e sociedade global de risco.
Risco
Ameaças e incertezas pertencem às condições gerais de existência humana; a semântica do risco está relacionada especificamente com o processo de modernização, no qual adquirem maior significado as decisões, as incertezas e a probabilidade. Está relacionada à tematização no presente de perigos futuros, percebidos como resultado da civilização.
O risco tem dupla face: oportunidade e perigo. É tematizado com as viagens marítimas intercontinentais, nas quais o homem se confronta com o futuro que ele mesmo constrói e não mais é ditado pela religião, pela tradição e pelo poder da natureza. O risco entra no lugar de Deus.
A ambiguidade do risco reside na necessidade de decisão que ele implica: pesar oportunidades e perdas. Toda uma ciência do risco se desenvolveu e nasceu o cálculo probabilístico, a primeira tentativa de controlar o incontrolável. O risco tem uma dimensão de experimentação: não se pode teorizar sobre ele, é da ordem da probabilidade.
A categoria de risco gera um mundo que ultrapassa a clara separação entre conhecimento e desconhecimento, verdadeiro e falso, bom e ruim. Não quer dizer que saia do horizonte do conhecimento, mas se trata de um conhecimento probabilístico, que envolve o trato com incertezas, que atualmente não pode ser resolvido com mais saber, pelo contrário, é resultado do maior conhecimento. "Risco é um tema mediador que demanda uma nova divisão de trabalho entre a ciência, a política e a economia" (BECK, 2007, p.23).
Sociedade de risco
Nas sociedades de risco as consequências do sucesso da modernização são tematizadas: os riscos se tornam mais arriscados, pois as condições para seu cálculo e sua gestão fracassam em parte, e, correlativamente, altera-se o papel da ciência e da técnica. Nestas circunstâncias, cria-se um novo clima moral para a política, no qual valores culturais desempenham um papel central.
A história das instituições políticas da sociedade moderna dos séculos XIX e XX pode ser entendida como a criação conflituosa de um sistema legal para lidar com as incertezas e riscos industriais fabricados, isto é, fruto de decisões. O cálculo de risco, o princípio do seguro, o Estado de Bem estar social possibilitam contratos de risco, sancionados pelo Estado, isto é, institucionalizam promessas de segurança frente a um futuro desconhecido.
"A categoria da sociedade de risco tematiza o processo de questionamento das idéias centrais para o contrato de risco, a possibilidade de controle e a possibilidade de compensação de incertezas e perigos fabricados industrialmente" (BECK, 2007, p.26). Sua dinâmica está no sucesso da modernidade, cujos efeitos não mais são passíveis de controle, daí a incerteza autofabricada.
Sociedade global de risco
Beck apresenta neste livro inovações e distinções conceituais tais como aquelas entre risco e catástrofe, entre risco e valoração cultural do risco, bem como a tipologia de três lógicas de riscos globais.
a) Risco e catástrofe
Risco é a antecipação da catástrofe. Catástrofes têm demarcações no tempo e no espaço; riscos não têm concretude espaço-temporal ou social. São sempre futuros acontecimentos, cuja ameaça orienta nossas expectativas e ação, daí sua força política. Como o risco ganha status de realidade, isto é, como acredita-se nesta antecipação? Pela encenação de sua realidade. "Somente pela presentificação (Vergegenwärtigung), pela encenação dos riscos globais, o futuro das catástrofes se transforma em presente - normalmente com o objetivo, de evitá-las, ganhando-se influência sobre decisões presentes" (BECK, 2007, p.30).
b) A diferença entre risco e a percepção cultural do risco se esvanece
Para Beck, saber se vivemos em um mundo objetivamente mais seguro do que antigamente não é tão fundamental: o central é que a encenação de catástrofes antecipadas obriga a ação, especialmente dos Estados.
A concepção racionalista de risco, que se baseia na distinção entre riscos objetivos e percepções de risco, bem com na entre especialistas e leigos, tem como fundamento a ciência técnica do risco, que calcula e mede o risco; legam-se ao indivíduo a percepção e a reação frente a riscos "objetivos". A percepção do indivíduo é interpretada em um contínuo entre os pólos racional e irracional. A irracionalidade na percepção de risco se deve à insuficiência de informações. Assim, se todos fossem especialistas, não haveria mais conflitos, ironiza o autor.
A tese da encenação do risco contraria esta concepção, principalmente aplicada aos riscos globais: quanto menos calculável o perigo, maior a importância das variadas percepções culturais do risco; a distinção entre risco e percepção cultural do risco desaparece. Encenação, ressalte-se, não significa a inexistência do risco. Sua existência não é objetiva, ela se dá na percepção.
São os próprios especialistas que sabem que o risco não é uma grandeza mensurável. O que significa então a 'realidade' do risco? A realidade do risco reside no seu caráter duvidoso, discutível (Umstrittenheit). Riscos não possuem uma existência abstrata por si só. Eles se tornam reais nas avaliações contraditórias de grupos e populações. A idéia de um critério objetivo, segundo o qual se possa medir o grau de um risco, desconsidera que somente após uma determinada percepção e avaliação, riscos são considerados como urgentes, perigosos e reais ou como desprezíveis e irreais. (BECK, 2007, p. 36)
c) Tipologia dos riscos globais
Beck enumera três lógicas de riscos globais, sem a pretensão de construir uma tipologia completa: riscos de crises ecológicas, riscos de crises financeiras globais, riscos de ameaças terroristas. Uma diferença central entre os dois primeiros e o último é que este é intencional, enquanto aqueles são acidentais, colaterais. Estes são os exemplos que ele explora ao longo do livro.
Estes passos conceituais formam os elementos de um novo conceito de sociedade no século XXI, a sociedade global de risco. Sua base é a crença na antecipação da catástrofe. O conceito de sociedade global de risco possui dois momentos: 1) a reflexividade da incerteza1 e 2) o momento cosmopolita. O primeiro enfatiza que a idéia de controle frente às incertezas falha, e mais conhecimento gera novos riscos: a indeterminação dos riscos se configura como fundamento da organização social, o que demanda um novo conceito de sociedade e novos conceitos para as ciências sociais. O segundo momento enfatiza que os riscos globais sobrepujam as fronteiras nacionais. Estes dois momentos levam a uma metamudanca da sociedade no século XXI, com as seguintes características:
- as encenações, as experiências e os conflitos dos riscos globais alteram a base da ação e da existência coletiva em todos os campos, nacional e internacionalmente;
- riscos globais abrem questionamentos sobre como integrar o futuro no presente, como transformar as instituições para tratar do tema;
- há uma mudança cultural geral: outra concepção de natureza, do indivíduo, de "nós" e dos "outros", de racionalidade, liberdade, democracia e legitimidade;
- uma nova ética de responsabilidade planetária, orientada para o futuro;
- os riscos se tornam causa e meio da mudança social, são o conceito básico sociológico para classificar, interpretar e organizar a vida social.
Nesta nova sociedade, reduz-se a centralidade do papel do conhecimento. Beck argumenta que não adianta nem o pessimismo nem o otimismo na crença do progresso para responder à pergunta de como esperar o inesperado. O autor cita os esforços dos economistas, referindo-se a John Maynard Keynes, de tentar calcular o risco e tornar a incerteza calculável. Entretanto, afirma o autor, não se pode racionalizar a incerteza. Assim, contra os prognósticos de Max Weber: a sociedade onde reina a incerteza se liberta da jaula de ferro da racionalização e do controle. Para Beck, a racionalidade instrumental despolitiza a política e mina a liberdade individual. A sociedade global do risco é a sociedade para o exercício da política e, segundo o autor, para uma nova condição humana.
Arquitetura do argumento e divisão do livro
Beck tem como objetivo nesta obra ampliar a teoria e a sociologia do risco com três passos: 1) pela perspectiva da globalização; 2) pela perspectiva da encenação e 3) pela perspectiva comparativa de três lógicas de risco global, a ecológica, a econômica e a terrorista. O livro se divide em doze capítulos, incluindo a introdução.
No capítulo dois, Relações de definição como relações de dominação: quem decide o que (não) é um risco?, o autor argumenta que, ao enfatizar as relações de dominação presentes na definição do que constitui risco, há de se considerar o problema da obrigatoriedade coletiva e da legitimação. Quem decide o que é um risco, como se compensam danos, nacional e internacionalmente? Até então este contexto de dominação havia ficado obscurecido no discurso da sociedade cientificizada cujas instituições almejavam o controle racional. Beck estipula oito passos de argumentação, nos quais também pretende esclarecer mal-entendidos sobre sua obra A sociedade do risco. É um capítulo bem didático para a sociologia de risco proposta pelo autor.
No capítulo 3, O momento cosmopolita da sociedade global de risco ou o esclarecimento forçado, Beck sugere o horizonte normativo da sociedade global de risco e o quadro de referência normativa de sua sociologia. O autor se posiciona contra o relativismo. Este é um dos problemas da obra de Beck aos quais Costa (2004) remete: Beck vislumbra uma "humanização" da globalização, pois a encenação dos riscos globais criaria demandas morais e políticas que ultrapassam fronteiras, configurando um momento cosmopolita na história mundial.
A pergunta central do capítulo 4, Choque de culturas de risco ou a interseção entre os estados normal e o de exceção, é: como se explica a explosividade política global dos riscos globais? Beck testará duas respostas: 1) contra o argumento de Samuel Huntington, não estamos diante de um choque de civilizações, mas de culturas de risco; 2) a segunda hipótese é que a força política dos riscos globais reside na interseção entre os estados normal e de exceção. Sobre a primeira, cabe citá-lo:
Na medida em que os riscos globais escapam ao cálculo de risco segundo métodos científicos e se transformam em objeto do não-saber, prevalece a percepção cultural, isto é, a crença pós-religiosa, quase-religiosa na realidade dos riscos globais adquire um significado central. (BECK, 2007, p. 140)
Assim, diferentemente dos conflitos socioeconômicos entre capital e trabalho da primeira modernidade, e, no plano internacional, entre Leste e o Oeste, na segunda modernidade, as linhas de conflito são culturais. Entretanto, dialogando com Huntington, Beck afirma que o conflito não se dá entre civilizações fundadas em religiões tradicionais, mas entre crenças antagônicas sobre riscos.2
No que concerne à segunda hipótese, a teoria da sociedade global de risco é um desdobramento de sua teoria da sociedade de risco em duas variáveis: catástrofes de efeitos não intencionais (ou colaterais) e catástrofes intencionais. As primeiras têm duas medidas de valor: bom e ruim, trazem uma combinação específica de vantagens para uns e danos prováveis para outros, o que não vale para as segundas. Nas primeiras, o estado de exceção é fruto de imprudência e não de uma decisão visando este objetivo (o que coloca a autoridade estatal, científica e econômica em questão). Nas segundas, a decisão sobre o estado de exceção não está mais nas mãos de atores estatais, não se encontra mais limitada, mas socialmente, espacialmente e temporalmente ilimitada.
O capítulo 5 se intitula Esfera pública global (Weltöffentlichkeit) e subpolítica global ou quão reais são os riscos encenados? A esta pergunta central do capítulo Beck propõe responder fundamentando-se em um "realismo construtivista", após analisar variantes do construtivismo e do realismo. O autor também apresenta os conceitos e atores da sua encenação dos riscos globais, a esfera pública global e a subpolítica global.
No capítulo 6, O Estado da precaução ou da antiguidade do pessimismo com relação ao progresso linear, o autor diferencia dois estágios de desenvolvimento da sociedade de risco. O primeiro é o pessimismo com relação ao progresso, quando a suposta linearidade deste falha. O segundo é a conseqüente indefinição, i.e., o caráter de surpresa do risco global.
A ousadia contida no capítulo 7, Saber ou não saber? Duas perspectivas da modernização reflexiva, é a elaboração de uma tipologia do desconhecimento, em seis variações. O autor também retoma o diálogo com Giddens e Lash, estabelecendo como diferença entre si e os demais que sua perspectiva da modernização reflexiva tem como fundamento as figuras do desconhecimento e dos efeitos colaterais, enquanto a modernidade reflexiva para Giddens e Lash tem como meio o conhecimento. Sua perspectiva, ademais, une à reflexão (Reflexion), presente na teoria dos dois autores, a idéia de reflexo (Reflex), no sentido de repercussão não planejada. Reflexão se liga a conhecimento, reflexo está relacionado ao desconhecimento.
No capítulo 8, O princípio do seguro: crítica e contracrítica, Beck analisa as limitações do princípio do seguro (privado), que o autor estabelecera em A sociedade do risco, como critério de distinção entre perigos ainda controláveis e não mais controláveis. Se a própria sociedade do risco transforma este em negócio e se torna sociedade segurada, a sociedade global do risco cria um novo mercado de seguros.
O título do capítulo 9 é Sensação de guerra, sensação de paz: a encenação da violência. Neste, o autor desenvolve o argumento de que as definições de guerra e paz revelam as relações globais de dominação e os modelos de encenação e de legitimação. Assim, guerras e intervenções de paz são conduzidas para não atrapalhar a sensação de paz daqueles que decidem intervir em outros países. São dois temas principais que o autor desenvolve. O primeiro é o antagonismo dos riscos e a diferença entre tomador de decisão e partes afetadas, retomando uma distinção conceitual central para a sociologia de risco de Niklas Luhmann (2008). O argumento de Beck é que essa diferença entre posições e percepções de risco depende de encenações. O segundo tema é o significado das relações de poder de definição internacionais para a encenação real e global da violência, no exemplo das guerras de risco, tal como a "guerra preventiva" ao Iraque capitaneada pelo governo norte-americano de George W. Bush.
Uma discussão metodológica percorre o capítulo 10, Desigualdade global, vulnerabilidade local: a dinâmica conflituosa dos perigos ambientais só pode ser compreendida e pesquisada no âmbito do cosmopolitismo metodológico. Beck introduz a separação entre nacionalismo metodológico e cosmopolitismo metodológico. O primeiro postula uma sociedade e uma sociologia nacional, cego para a desigual distribuição dos riscos globais. O segundo se fundamenta em uma concepção global de sociedade e permite, portanto, a análise das vulnerabilidades distintas a riscos globais.
Beck considera o capítulo 11, Teoria crítica da Sociedade Global do Risco, um resumo do argumento do livro. Como este já está, de certa forma, sendo resumido nesta resenha, vale trazer o que o autor estabelece como a teoria crítica da sociedade global do risco. Para Beck, trata-se de uma autocrítica da sociedade. Ele argumenta que sua teoria é ao mesmo tempo realista, construtivista e crítica. Isto porque a realidade da sociedade global de risco só pode ser percebida de uma forma crítica ao nacionalismo metodológico e como pluralidades de percepção de risco. Em outras palavras, não se trata de um normativismo, mas de um realismo na percepção de risco, que é real na medida em que se torna possível, e concomitantemente, gera uma abertura para alternativas de possibilidades.
O último capítulo é também a conclusão e se intitula Dialéticas da Modernidade: como as crises da modernidade resultam de sua vitória? Beck argumenta que todos os opositores da modernidade fracassaram, restando os próprios modernos como opositores de si mesmos. A tese do autor é que a modernidade entra em um processo de autodissolução e se torna reflexiva. Seus princípios e instituições básicas falham, gerando um potencial para o novo.
Com base nesta distinção central para a teoria da modernização reflexiva - entre instituições básicas e princípios básicos - abrem-se duas dialéticas da modernidade, a ambivalência do mais-moderno e a ambivalência do antimoderno. No primeiro caso, a vitória dos princípios básicos modernos gera crises nas instituições básicas modernas. Há ao mesmo tempo crise e não-crise: a continuidade dos princípios modernos leva à descontinuidade das instituições básicas.
No segundo caso, a modernidade contraria seus próprios princípios básicos. O autor cita o exemplo da bomba atômica. Da vitória da modernidade criou-se uma arma de sua destruição, transformando o apocalipse, de uma visão religiosa, em uma possibilidade real criada pelo progresso científico. Assim, do sucesso da modernidade criaram-se os riscos globais, os quais colocam os princípios básicos da modernidade à disposição: podem ser destruídos e essa possibilidade por si só já os destrói, em parte.
O autor se pergunta sobre as consequências da dialética do antimoderno para a sociologia - e, consequentemente, o que seria uma teoria crítica da sociedade global de risco. Beck afirma que não se pode investigar e teorizar sobre a quebra dos princípios e instituições básicos da modernidade sem se condenar de um modo ou de outro no dilema: investigá-los não seria naive porque abriria espaço para o antimoderno? Ou o não esclarecimento também seria ingênuo e abriria espaço para o antimoderno? Estas duas quedas do paraíso seriam, para ele, um novo começo da sociologia.
REFERÊNCIAS
BECK, Ulrich; GIDDENS, Anthony; LASH, Scott. Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1997. [ Links ]
_____. Weltrisikogesellschaft: auf der Suche nach der verlorenen Sicherheit. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2007. [ Links ]
COSTA, Sérgio. Quase crítica: insuficiências da sociologia da modernização reflexiva. Tempo Social, revista de sociologia da USP. V. 16, n. 2, nov. 2004. p. 73-100. [ Links ]
LUHMANN, Niklas. Risk: a sociological theory. New Brunswick, New Jersey: Transaction Publishers, 2008. [ Links ]

Nenhum comentário:

Postar um comentário